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O crowd no Surfe: oportunidades e desafios do esporte em crescimento

O crowd no Surfe: oportunidades e desafios do esporte em crescimento

Com a popularização do surfe no Brasil, especialmente após as conquistas em campeonatos mundiais, as praias lotam, e a competição por ondas se intensifica; como resolver o problema? O surfe brasileiro vive um momento único e glorioso. Nunca antes nossos atletas estiveram tão em evidência no cenário mundial. Figuras como Gabriel Medina, Italo Ferreira e Filipe Toledo abriram as portas para o “Brazilian Storm”, uma geração de surfistas que domina o circuito mundial e inspira uma legião de novos adeptos. Essa onda de entusiasmo, no entanto, traz consigo desafios que precisam ser encarados com responsabilidade, e um dos mais notórios é o chamado “crowd” nas praias.
Crowd no surfe: praias cada vez mais cheias de surfistas
Rico de Souyza
O crowd, ou o excesso de surfistas em um mesmo pico, pode se tornar um problema tanto para a experiência individual quanto para a harmonia da prática do esporte. Com a popularização do surfe no Brasil, especialmente após as conquistas em campeonatos mundiais, as praias lotam, e a competição por ondas se intensifica. Nesse cenário, o respeito torna-se um valor essencial. Saber quem está na prioridade da onda, respeitar os surfistas veteranos, quem é local do pico e ter paciência para aguardar a vez são atitudes que garantem uma convivência saudável na água.
Respeitar os locais, aqueles surfistas que conhecem e frequentam as praias há anos, é um código de conduta que atravessa gerações no surfe. Os locais têm um conhecimento natural das condições das ondas e das regras implícitas do pico. Ao respeitá-los, os surfistas visitantes estão não apenas evitando conflitos, mas também absorvendo uma cultura de respeito e tradição que permeia a essência do surfe.
Gabriel Medina manda lindo aéreo
Com o crescimento acelerado do esporte, especialmente entre os mais jovens, nem sempre a educação na água acompanha o aumento do número de praticantes. Muitos novos surfistas entram no mar sem ter a mínima noção das regras e do respeito que devem ser praticados. Assim como no trânsito, o surfe tem suas leis não escritas que precisam ser aprendidas e praticadas. Do contrário, os lineups ficam caóticos e perigosos, gerando frustrações e até mesmo acidentes. Nesse cenário é muito importante que as escolas de surfe respeitem os picos tradicionais do surfe, e não posicionem seus alunos em regiões nas quais podem pôr em risco a sua própria segurança e a dos demais surfistas.
Crowd no surfe
Rico de Souza
Uma das soluções apontadas por especialistas e entusiastas do esporte para minimizar o crowd é a utilização de piscinas de ondas. Elas ajudam a dispersar o grande número de surfistas que hoje se concentra nas praias. As piscinas de ondas têm se tornado cada vez mais realistas, reproduzindo fielmente as condições do mar. Elas representam não só uma alternativa para quem quer fugir do crowd, mas também uma ferramenta de aprendizado para quem está começando a surfar.
O crowd pode ser comparado ao trânsito Nas ruas, o excesso de veículos, a falta de educação e o desrespeito às regras geram congestionamentos, estresse e acidentes. No mar, a dinâmica é parecida: muitos surfistas, pouco respeito e uma grande disputa pelas ondas transformam o lineup em um verdadeiro caos. Assim como no trânsito, a solução passa por educação, respeito e paciência.
Enquanto celebramos a glória do surfe brasileiro e torcemos por um futuro ainda mais brilhante, é importante lembrar que o sucesso do esporte está intrinsecamente ligado ao respeito e à harmonia na água. O crowd faz parte do cenário do surfe, mas cabe a cada um de nós contribuir para uma convivência mais saudável e justa no lineup. Afinal, o mar é grande, e há ondas suficientes para todos que souberem esperar a sua vez.
Aloha e boas ondas, Rico de Souza. geRead More

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