O que esperar de Pepa como técnico do Sport? Veja análise

ge ouve Henrique Fernandes, comentarista da TV Globo, que apresenta jornada do português no Cruzeiro; reatividade e solidez defensiva foram traços do trabalho do treinador na Raposa Pepa ainda não está oficializado, mas internamente já começou sua jornada como o primeiro técnico europeu da história do Sport. Depois de desembarcar no Recife no último domingo, o português de 43 anos assistirá, in loco, a partida contra o Ituano, nesta noite, na Arena de Pernambuco.
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Pepa, técnico do Cruzeiro, durante a partida contra o Corinthians
Gilson Lobo/AGIF
Em meio à sequência de derrotas na Série B, a jornada do treinador será árdua no Leão: obter aproveitamento de campeão para levar o time à Série A.
Para tamanho desafio, o ge resgata passagem de Pepa no Cruzeiro, em 2023, sua primeira experiência de Brasil na carreira, para apresentar o trabalho, com virtudes e defeitos, do comandante.
Comentarista da TV Globo, Henrique Fernandes enxerga como principal trunfo do português no clube mineiro a rapidez com que estruturou suas ideias de jogo – embora ressalte que, hoje, não haja tempo hábil para fazê-lo no Sport.
Técnico Pepa desembarca no Recife para assinar com o Sport
“Ele chegou, o Cruzeiro tinha sido eliminado na semifinal do Mineiro e tinha 15 dias até a estreia no Brasileiro. Ele trabalhou intensamente e estruturou o time relativamente rápido. Com uma semana, fez amistoso com o Bragantino, que estava mais avançado que ele, e ganhou o jogo lá em Bragança”, lembra.
– Então, assim, já apresentou ali alguns sinais de que o trabalho dele tinha encaixado rápido com o tempo para treinar em ambiente de CT, etc. E isso acabou sendo determinante para ele começar bem o Brasileiro – acrescenta Fernandes.
Nas seis primeiras rodadas do Brasileirão, o Cruzeiro de Pepa venceu quatro partidas, chegando a encostar no G-6, zona de classificação para a Conmembol Libertadores. Demonstração de que o início do português foi “muito, muito forte”, reforça o comentarista da TV Globo.
Pepa e Samuel Correia, técnico e auxiliar do Cruzeiro
Gustavo Aleixo/Cruzeiro
E uma das valências que ajudou o técnico a sustentar o bom momento na largada da Série A foi seu sistema defensivo. A solidez da zaga respaldou o time para, nas escapadas ofensivas, fazer frente aos adversários – mesmo com elenco modesto, ainda sob a gestão de Ronaldo Fenômeno.
Entretanto, daí também começaram a surgir problemas – que, depois, ocasionaram a demissão do treinador.
“Como ele priorizou a defesa, o time às vezes era reativo demais. Os adversários baixavam o bloco, davam a bola para o time do Pepa e o time tinha dificuldade para furar a defesa dos caras. Como o Cruzeiro subiu muito rápido no campeonato, passou a ser mais visado e aí quando ele teve que propor contra times reativos, teve muita dificuldade”, afirma Henrique Fernandes.
Entrevista exclusiva: Pepa diz que está magoado com o Cruzeiro
O comentarista, por fim, faz uma ressalva: “com a cabeça fria”, se não fosse o início de campeonato de Pepa no Cruzeiro, a partir do ajuste rápido defensivo dado ao grupo, “o time provavelmente não teria permanecido na Série A”.
– Ele achou muito rápido soluções, modelo de jogo, a estrutura do 4-3-3. Encorpou bem o meio, usava pontas que exploravam o um contra um. Vamos ver como é que ele vai se adaptar ao Sport – conclui Henrique.
No Cruzeiro, Pepa fez 25 jogos, vencendo sete, empatando oito e perdendo 10, para um aproveitamento de 38% Foram 21 jogos pelo Brasileirão e quatro pela Copa do Brasil.
Agora vestindo a camisa do Sport, o português será o terceiro técnico do clube na temporada após as saídas de Mariano Soso e Guto Ferreira. O Leão ocupa a 10ª posição na Série B, com 32 pontos.
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