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Reforços, saída de Helinho, situação de Pedro Caixinha e Brasileirão: confira a coletiva de Diego Cerri

Reforços, saída de Helinho, situação de Pedro Caixinha e Brasileirão: confira a coletiva de Diego Cerri

Diretor esportivo do Bragantino abordou esses e outros assuntos em conversa com a imprensa nesta sexta-feira, 20 O diretor esportivo do Red Bull Bragantino, Diego Cerri, concedeu no fim da manhã desta sexta-feira, 20, uma coletiva de imprensa no centro de treinamento do clube. Na conversa com os jornalista, o dirigente falou sobre a situação do técnico Pedro Caixinha, a chegada do atacante português Ivan Cavaleiro, a saída de Helinho e outros assuntos.
Diego Cerri, diretor esportivo do Bragantino
Danilo Sardinha/ge
Confira abaixo como foi a coletiva de imprensa na íntegra:
Situação de Pedro Caixinha. Segue prestigiado dentro do clube?
Diego Cerri: O Caixinha, como citou, a gente até tinha conversado ao término de uma coletiva. Claro que está prestigiado, está desenvolvendo um trabalho bom. Oscilações são normais no futebol. Mesmo os maiores clubes do mundo sofrem oscilações. Nós também sofremos oscilações. Estamos um pouco abaixo do que gostaríamos, sim. Embora não tenhamos meta fixa, queremos brigar o mais alto possível. Estamos um pouco abaixo por uma série de fatores. A gente nem coloca porque poderia soar como desculpa. Mas o treinador que vem fazendo um bom trabalho de modo geral. Neste anos, chegamos na semifinal do Paulista. Na Copa do Brasil, chegamos na melhor classificação que já chegamos (oitavas de final). Queríamos mais na Sul-Americana, ficamos um pouco abaixo. Saímos nos pênaltis contra o Corinthians, poderíamos ter avançado. O trabalho é satisfatório de modo geral. Mante o treinador, com nível bom como do Caixinha, e um dos pilares do clube. Isso é algo que sempre critiquei, essas trocas frequentes. Oscilação é normal, mas, se troca, não tem uma linha de trabalho, perde muito nessas transições. Caixinha está respaldado por nós.
Técnico Pedro Caixinha em treino do Bragantino
Ari Ferreira/Red Bull Bragantino
Como foi a contratação de Ivan Cavalero?
Diego Cerri: Contratamos o Ivan. Foi uma situação que teve venda do Helinho, saída do Nacho por empréstimo (ao Santos). Achamos necessário buscar uma alternativa. Na dificuldade do mercado após fechamento da janela, de encontrar jogadores livres, encontramos no Cavaleiro uma opção interessante. Um jogador experiente, passou por várias equipes, jogou na França, Portugal, está familiarizado com o futebol brasileiro.
O que me motivou a trazer esse atleta, primeiro para um contrato mais curto, foi a vontade dele de atuar no brasil. Um atleta europeu que tinha o interesse de atuar no Brasil. Muito bacana, senti firmeza. Embora não jogue desde 19 de maio, vinha treinando fisicamente. Agora, é pegar ritmo, esperar o momento para atuar. Não está muito distante, não.
Ivan Cavaleiro, atacante do Bragantino
Ari Ferreira/Red Bull Bragantino
Como está sua relação com a matriz da Red Bull? Qual avaliação faz deste um ano de trabalho?
Diego Cerri: A relação é esta muito boa. Estou satisfeito aqui, não estou por falta de opções e propostas. Sigo acreditando no projeto. Em termos de resultado, conseguimos na competição mais importante, estabelecer a melhor campanha na Série A ano passado. Fomos para a pré-Libertadores, fizemos 14 jogos até chegar nas oitavas da Sula. Neste ano, na Copa do Brasil, equiparamos a melhor colocação que já fizemos. No Paulista, também. Em termos de resultado, embora tenhamos oscilado para baixo agora no Brasileiro, nesse histórico recente, temos uma trajetória curta, uma criança adolescente. Muita coisa para rolar aqui dentro do clube. A realidade hoje é de meio de tabela, temos uma das menores folhas do Brasileiro. Temos como trunfo, além da estrutura física, uma filosofia muito clara de trabalho, o que me deixa satisfeito e motiva.
Temos passado por um momento de reformulação. Número que chegatam e saíram nesta temporada, atletas que tinham esgotado o ciclo aqui, temos muitos jogadores que saíram por empréstimo. Houve a chegada de atletas. É um momento de transição, reformulação de elenco. Tivemos a chegada de dez jogadores. É algo que deve continuar um pouco ano que vem, mas estabilizar um pouco mais. Temos mantido a filosofia de trazer jogadores jovens. Cavaleiro é exceção, mas tem o João Neto, Arthur Sousa, Palacios. É a filosofia da empresa, do clube. Torcer quer ganhar sempre, nós também queremos. Mas o meio de ganhar aqui é dentro desta filosofia que o clube tem.
Como foram as negociações com Matheus Gonçalves e Carlos Vinícius, que não deram certo?
Dos nomes que trabalhamos na janela, o Carlos Vinicius estava muito próximo. Uma situação que acabou frustrando, até pela maneira como o clube (Fulham) se portou nessa situação. Frustrou, sim, pela postura do Fulham. Frustrou não só a nós, mas o atleta. Mas faz parte da negociação, tem esses tipos de coisa no futebol. Esse foi uma situação bem especial, estava bem encaminhado, e acabou voltando por decisão do Fulham. De modo geral, trouxemos muitos jogadores. Tivemos a perda de jogadores. Jogadores que estavam sem espaço, teve a saída do Léo Ortiz, capitão do time, agora do Helinho, que vinha se destacando muito neste ano.
Carlos Vinícius, do Fulham
Getty Images
Como foi a negociação da venda do Helinho?
Diego Cerri: Foi a maior venda (da história do clube). Nós temos metas (de venda), tem que cumprir. Existe uma pressão nesse sentido. Mas o que foi fundamental para a venda do Helinho foi a questão do ser humano Helinho. Ele iniciou no São Paulo, teve uma proposta alta e o São Paulo acabou não vendendo. Teve momento de baixa. Aqui mesmo oscilou. Renovei o contrato dele. Os números comparados com jogadores do elenco, números que tinha, estava abaixo. Ele tinha potencial, mas estava abaixo. Quando começaram a sair (os gols), veio uma cachoeira. Quando chega essa proposta, conversei com ele sobre ficar até o fim do ano. Mas, a minha percepção, analisando a parte humana, vendo o estado que ele se encontrava, era muito importante (para ele essa proposta). A cabeça dele não estaria aqui, a alma não estaria aqui (se ficasse). Só o corpo físico por obrigação. A negociação demorou um pouco até eu perceber que não tinha jeito mais, seria um divisor de águas para ele. Tive que exigir que a negociação fosse mais alta, até para ser bom para nós também. Mas (a venda) foi muito a questão humana do atleta.
Helinho comemora gol pelo Bragantino contra o Vasco
Ari Ferreira/Red Bull Bragantino
Com os reforços que chegaram, dá para melhorar neste ano?
Diego Cerri: As metas que colocamos é tentar chegar o mais alto possível. Além dos jogadores que chegaram, acho que o maior reforço é a volta de muitos jogadores lesionados. Foi terrível para nós. Se analisassem, tinha um time inteiro de lesionados, jogadores que jogam e são titulares, potenciais titulares. O elenco como o nosso, muito jovem, isso tem um peso absurdo. Neste momento, a meta é reencontrar o bom futebol. Isso passa pela confiança e retorno de jogadores.
As contratações foram por questão de orçamento ou acreditam em resposta imediata desses atletas?
Diego Cerri: Contratações mais jovens, primeiro pela filosofia do clube. Esse é o combinado dentro do grupo Red Bull. Acompanham fora do brasil a Red Bull, mas aqui a verba é menor. Muitas vezes, são menos conhecidos, acabam sendo lapidados aqui dentro. Se analisarmos, o Nathan é lateral-direito jovem, vinha jogando no São Paulo. Compra do Eduardo, não é tão jovem. Pedro Henrique, mais experiente, o Lincoln, mais experiente. Matheus Fernandes, compramos.
Ano passado, brigamos por título no final do Brasileiro. O que penso estrategicamente? Claro que os jogadores seriam muito procurados, jogadores jovens, com resultados bons. Renovei o contrato do treinador, renovei contrato dos principais jogadores, reforcei o contrato. Minha deia foi manter praticamente todo elenco do ano anterior, manter o treinador, e trazer pontualmente um ou outro. Mantivemos o treinador, acrescentamos um pouco mais. Só saíram jogadores que não tinham espaço, saiu o Leó Ortiz, que foi uma venda inevitável. Compramos o Eduardo, compramos o Pedro Henrique, trouxemos o Douglas Mendes, mantivemos o time inteiro. A estratégia foi correta. O resultado, até certo ponto, foi interessante. No Brasileiro oscilamos um pouco, mas campeonato está muito competitivo.
João Neto, de 21 anos, foi um dos atletas contratados recentemente
Ari Ferreira/Red Bull Bragantino
Para os próximos cinco anos, a ideia é ser campeão? Pode cravar que não cai (no Brasileiro deste ano)?
Diego Cerri: Se fosse para ganhar um jantar, também aposto (que não cai). Estou vendo o trabalho, como o grupo encorpou. Campeonato Brasileiro não tem o melhor nível técnico do mundo, embora seja uma das principais ligas. Mas é sempre, sem dúvida, o mais equilibrado. A questão de rebaixamento é legitima. Não adianta. Tirando quatro ou cinco times, 15 clubes sabem que tem que pontuar para permanecer. Só São Paulo e Flamengo que não caíram. É muito competitivo. Falando especificamente com o Red Bull, pela consistência que tivemos, temos a convicção que vamos ficar na Série A. Temos potencial para performar mais ainda, oscilamos mesmo. Mas é o mesmo time do ano passado.
Não acho que estamos maduros para ser campeão brasileiro. Ainda não. Espero que chegue lá. Se pinta uma oportunidade, vamos querer agarrar. Mas é difícil falar no início do campeonato que seremos campeões. Agora, nas copas, Paulista, podemos ganhar e vamos trabalhar duro para ganhar.
Trabalho para aumentar média de público
É uma questão recorrente das nossas conversas. Embora eu não trate diretamente disso, temos feito ações inovadoras, trazer crianças, fomentar isso, trabalhar as novas gerações nesse sentido. É um processo natural de crescimento, tudo o que temos feito para encorpar. É natural que venha com o tempo.
Estádio Nabi Abi Chedid
Agif
Sobre as lesões, há alguma mudança de procedimento, algum trabalho para evitar que novamente ocorram tantas lesões?
Começamos bem cedo. Reuniões que participam da área de performance, parte técnica, avaliamos todos os jogadores todos os dias, avaliação, antes de entrar, minimizar máximo possível. Mas a grande verdade é que hoje, na Europa já até falam em possível greve por causa do número de jogos. Isso porque jogam menos Nos últimos dois meses, foram 19 jogos, jogando no ritmo que jogamos, treinando forte, número de jogos… Acumulou muitas lesões. Agora, nosso calendário está mais tranquilo. Acho que a equipe vai estar mais encorpada.
Mudança para o estádio municipal
Para este ano, deixei bem claro que não tem a mínima chance de sair no meio do campeonato. O fator casa é muito importante. Vamos continuar no Nabi até o final.
Contrato do Ivan Cavalero, tem gatilhos de renovação?
Contrato curto. Vamos ver como se adapta. Ao término disso, tem gatilhos que podem renovar automaticamente se atingir metas, assim como podemos renovar sem atingir as metas. Ou como podemos optar em não renovar.
Juninho Capixaba
Juninho tenho convicção que vai jogar neste ano ainda. A recuperação dele tem algumas fases. Fez uma primeira fase aqui. Foi autorizado a viajar. Está sendo acompanhado por um profissional. Isso não vai influenciar. Jogador muito profissional, otimista. Ele tem muita convicção que volta a jogar neste ano. Ele é atirado, quer jogar.
Juninho Capixaba em Bragantino x Atlético-MG
Ari Ferreira/Red Bull Bragantino
Raul e Lincoln, como está a situação?
Sobre os emprestado, tanto que cedemos e trouxemos, ainda não temos uma definição. Temos um pouco de tempo para definir.
Sobre o Raul, é uma questão de conduta, jeito que levo. Não sei como vai acontecer com o Raul, se ele vai querer renovar, se o clube vai querer, mas uma coisa eu sei: sempre olhar no olho do jogador e falar a verdade, se queremos renovar ou não. O atleta e qualquer pessoa gosta de sinceridade, honestidade e que seja direto, ninguém gosta de ser engano. Seja ela com o Raul, com o Lincoln, Cavalero. Eu não me furto é de ter que cumprir meu papel de líder do projeto e falar.
Ele (Raul) está comigo todos os dias. Já tive conversa com ele. Já conversei, disse que ainda não tem definição da nossa parte. O respeito vai estar sempre em primeiro falar.
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