Zubeldía valoriza sofrimento do São Paulo e confia em classificação no Morumbis: “Isso é Libertadores”
Técnico vê melhora da equipe na etapa final e mostra otimismo: “Acredito que podemos passar” Veja a coletiva de Luis Zubeldía e Rafinha, do São Paulo, após empate com o Botafogo
Luis Zubeldía admitiu que o São Paulo teve problemas na primeira etapa do empate sem gols com o Botafogo, no primeiro duelo das quartas de final da Conmebol Libertadores, no Nilton Santos, quando o rival criou várias chances de gol. O técnico, porém, exaltou a melhora da equipe na segunda etapa.
Em entrevista coletiva, o argentino disse que jogos de Libertadores são assim e valorizou o resultado do duelo, que será decidido no Morumbis na próxima quarta-feira, às 21h30:
–Tivemos dificuldades de reter a bola por conta da pressão deles. Essa adaptação veio mais no segundo tempo. Os jogadores deles podem driblar e criam jogadas individuais. É Copa, se sofre e é assim. Tivemos compromisso, sofremos. Felicito a equipe pelo o que fizeram. No segundo tempo, estivemos melhor ordenados, depois melhoramos no jogo.
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O São Paulo marcou apenas um gol nos últimos cinco jogos, com William Gomes, na vitória por 1 a 0 contra o Cruzeiro, no Brasileirão. Zubeldía, porém, destacou que o time teve uma ótima oportunidade, em lance desperdiçado por Calleri na segunda etapa.
– Quanto à criação de gols, melhoramos. Contra o Nacional não criamos nada. Ganhamos do Talleres, empatamos com o Nacional em uma partida difícil. A diferença é que nesses jogos tivemos mais a bola, mas não tivemos chances. Hoje, no segundo tempo, tivemos uma chance clara. Sabia que corrigindo algumas coisas melhoraríamos no segundo tempo.
– Foi virtude do rival (o primeiro tempo), mas tínhamos de correr melhor o campo mudando algumas coisas. No segundo, jogamos mais tranquilos, e o rival não criou tanto. Entraram jogadores frescos. São jogos de Copa, jogos de 180 minutos e acredito que podemos passar – analisou.
Assim como contra a Raposa, o Tricolor foi a campo com três zagueiros de origem, mas num esquema 5-4-1, bem mais defensivo.
O técnico explicou sua estratégia e admitiu que ela não deu 100% certo:
– Nós sabíamos que, se não poderíamos reter a bola, com os três zagueiros e fazer dois contra um por dentro, encontrando Willian ou Lucas, teríamos dificuldades. Apesar das situações de gol no primeiro tempo, defendemos bem. Isso é Copa Libertadores. Eles foram melhores no primeiro tempo, mas para mim se trata de correr bem o campo e cuidar da bola. Como não tivemos a bola, tivemos de correr.
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Zubeldía em Botafogo x São Paulo
Alexandre Loureiro/AGIF
Zubeldía foi questionado sobre a decisão de começar o jogo com Luciano entre os reservas. O técnico minimizou a questão e disse que o camisa 10 será importante em outros jogos da temporada:
– O que você quer que eu fale? (risos) O que você quer escutar (risos)? Você tem medo dele? Se você me pergunta é porque tem temor dele. Luciano é boa gente, bom profissional. Tem a sua personalidade, mas não será nem a primeira e nem a segunda vez que vai jogar. É um jogador muito importante. É muito boa gente, vai jogar.
O argentino falou ainda da conversa que teve com o árbitro uruguaio Esteban Ostojich no fim do jogo. Ele reclamou de faltas não marcadas para o São Paulo.
– Fui dizer ao árbitro que as pequenas faltas não aconteceram (para nós). Isso como visitante te empurra. Nos colocaram na metade do campo, não conseguíamos sair do nosso campo por conta da pressão. Me lembro de duas faltas a nosso favor que ele não nos deu. Mas isso é a Copa, acredito que no Morumbis será a mesma coisa – observou.
Veja mais trechos:
Escalação de jogadores altos
– Colocamos jogadores altos porque sabíamos que teríamos jogadas de bola parada. No ano passado, com a LDU, jogamos assim e empatamos aqui. Hoje fomos mais linha de três pensando que teríamos a bola, eles são fortes no um contra um e te empurram. Pelo menos é assim como mandante, vamos ver como será de visitante.
Sobre Alan Franco ter virado lateral
– Ele tira muito cruzamento. Igor e Henrique vão muito bem, sabíamos que se os laterais iam muito e nós não cuidássemos da bola teríamos muita situação de cruzamento. No segundo tempo, o Rafa foi mais de 8 e Alan mais de lateral, quase como um zagueiro. Nas duas últimas bolas, ele a perde conduzindo e pensei em colocar alguém mais fresco. Foi isso. Precisávamos de jogadores mais frescos no jogo.
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