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Ramón explica mudança contra o Racing e avisa: “Está tudo aberto, Corinthians não está eliminado”

Ramón explica mudança contra o Racing e avisa: “Está tudo aberto, Corinthians não está eliminado”

Timão joga por uma vitória na Argentina, na semana que vem, para avançar à final da Sul-Americana; treinador revelou que nunca foi derrotado no estádio da equipe adversária O técnico Ramón Díaz vê a semifinal da Copa Sul-Americana entre Corinthians e Racing em aberto após o empate em 2 a 2 nesta quinta-feira, na Neo Química Arena.
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Em entrevista coletiva após a partida, Ramón analisou a partida e defendeu a substituição realizada na metade do primeiro tempo, quando perdeu o volante José Martínez e promoveu a entrada do atacante Ángel Romero.
– Quando fizemos a alteração, estávamos um a um e íamos empatar, e eu sou um treinador que tem a caraterística de poder atacar e correr riscos. É preciso compreender isso. Vou fazê-lo aqui, vou fazê-lo amanhã, depois de amanhã, toda a minha vida. Quando vejo que a equipa precisa de médios, utilizamos os médios, mas quando precisamos de jogadores ofensivos, utilizo-os. Então eu não sei qual é a sua dúvida, a sua e provavelmente a de mais alguém, mas o Corinthians tem um técnico com caraterísticas ofensivas e eu corro os riscos, eu os assumo e se houver – declarou o técnico.
– Eu não pensei que vocês todos pensassem que essa fase ia ser definida hoje, vocês estão enganados porque o futebol internacional é diferente, as táticas são diferentes, a agressividade é diferente, os árbitros não são brasileiros, eles são da luta permanente de um jogo e nós temos que correr. Faltam 90 minutos para jogar e está tudo em aberto, o Corinthians não está eliminado. Temos que ir a Buenos Aires e jogar em qualquer estádio, porque se queremos jogar a final temos que primeiro tentar ir lá e, apesar de jogarmos fora, o Corinthians a tem uma equipe que tem a possibilidade de poder passar – completou.
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Ramón Díaz, técnico do Corinthians, contra o Racing
Marcos Ribolli
O Corinthians esteve à frente do placar por duas vezes contra os argentinos, mas acabou por ceder o empate.
O duelo de volta será na próxima quinta-feira, no estádio El Cilindro. Antes o Timão enfrenta o Cuiabá, fora de casa, na segunda-feira.
– A gente tinha uma caraterística de uma equipe que joga atacando e foi difícil por causa da chuva, mas eu fico feliz pela equipe em primeiro lugar porque a gente não perdeu, estamos a 90 minutos do apito final, mesmo tendo que jogar fora de casa, custe o que custar, mas para passar a gente tem que competir e o Corinthians está competindo, então eu fico muito feliz com isso.
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Confira abaixo outros trechos da entrevista coletiva de Ramón Díaz:
Por que time sofre tantos gols?
– Por causa dos riscos que corremos. Porque também me parece que no Brasileirão e também na Copa eles são a equipe que marca mais gols. Se temos que corrigir defensivamente, claro que temos sempre que corrigir, mas sempre como aconteceu aqui no último jogo que fizemos, tirando o Flamengo, os outros foram todos jogos em que marcamos muito. Estou muito feliz pelo Yuri, porque todos vocês, todos os torcedores, todos o criticavam, tal como o Romero, e são eles que nos estão a dar a possibilidade de jogar e chegar a uma final. Por isso, estou muito contente por ele, continua a converter, continuamos a trabalhar a mobilidade, os perfis, porque hoje, se virmos uma ação que aconteceu no último jogo, ele perfila mal, não perfila bem para a direita e perfila para a esquerda e o defesa corta-o. Trabalhámos nisso. Eu disse-lhe que ele tinha de se moldar sempre à direita para poder marcar e eu fiz. Um gol muito claro, muito fácil, muito feliz por ele, mas vamos continuar a defender o grupo, o Corinthians, vamos dar o nosso melhor para tentar chegar à final. Ainda faltam 90 minutos de jogo.
Sequência de jogos
– Estamos muito presentes no jogo, principalmente do meio-campo para a frente, porque estamos a criar muitas situações. Hoje também criamos algumas situações no segundo tempo para poder, além da data FIFA, estar dentro do prazo. Mas disputando as três competições que o Corinthians está disputando, seja no Brasileirão, no campeonato ou a nível internacional, temos compromissos de três em três dias, e com certeza temos que nos preparar mentalmente, fisicamente, temos que rodar alguns jogadores, porque o esforço é grande, o Corinthians está disputando todas as competições, e agora daqui a quatro dias jogamos novamente com o Cuiabá, um jogo importante, e na semana que vem temos que disputar novamente. O calendário é assim, ele é respeitado, a gente sabia que ia ser jogado assim, por isso que a gente procura treinar, treinar bem. Temos de treinar todo o grupo para que esteja em condições de competir.
Mental
– O aspecto psicológico é fundamental para poder competir, tanto a nível nacional como internacional, mas os jogos internacionais são completamente diferentes. Há muita luta, o jogador argentino vai lutar antes de receber a bola, aconteceu muito, mas para as duas equipes foi igual, para nós aconteceu a mesma coisa, tínhamos de ser cobrados e não fomos cobrados, mas é assim que se jogam os jogos internacionais, Parece-me que os gols que as duas equipes marcaram foram criados e foram gols bonitos, porque o gol do Racing, o segundo gol, foi uma jogada muito elaborada, não conseguimos contrastar no meio e os nossos gols foram realmente muito bons e acho que isso faz parte do espetáculo, faz parte.
Mudanças
– Mas temos de dar confiança à equipe. Temos de lhes dar confiança, dar-lhes continuidade. Sim, se chegamos a esta fase é também porque houve alturas em que na Sul-Americana e no Brasileirão mudamos muito. Penso que para o grupo poder competir temos de o fazer, há alturas em que temos de repetir e há alturas em que, como o Bidu, o lateral que estava com o Hugo antes, se lesionou e agora vai ter de jogar porque senão não há outro lateral. Por isso, não podemos improvisar e ele tem de jogar. Se calhar já não tem, está bem, mas já não tem a dinâmica, o ritmo que tinha quando se jogava uma vez por semana. É por isso que temos de gerir bem os nossos esforços. Agora também temos um jogo importante no Brasileirão e com certeza temos que colocar em campo uma equipe renovada, competitiva, para que possamos vencer e sair da zona de rebaixamento.
Três zagueiros
– Sim, mas sentimos isso, senti que com três avançados houve momentos em que jogamos muito bem, mas senti que agora precisávamos ganhar pontos, precisávamos ganhar, precisávamos do resultado para sair da zona de despromoção, por isso também começamos a trabalhar na parte ofensiva, por isso é que eles são uma das equipes com mais gols. Claro que temos de fazer correções porque temos muita gente no ataque, temos de nos organizar e saber como temos de jogar, mas ainda está tudo em aberto, ainda estamos a competir e vamos certamente analisar bem, tanto tecnicamente como jogámos hoje, como também para podermos passar à final.
Gol do Racing
Quando se olha para o gol, se virmos o primeiro gol, houve uma falta sobre o Cacá e não foi marcada. Houve uma luta, foi uma falta e não foi marcada. No Brasil, certamente, teríamos chamado o VAR, eles teriam visto a jogada e tê-la-iam assinalado. Mas isto é a nível internacional, é uma competição diferente. Tentámos fazer com que a equipa reconhecesse as suas reacções e eles reagiram. Estávamos a ganhar 2-1. O adversário também joga. O adversário parece-me que no segundo gol deles, não conseguimos cortar para o meio, nem com Garro, nem com Charles, e eles provocam, são jogadores profissionais.
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