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Rodrigo Santana ressalta “redenção” após acesso e compara fanatismo entre torcidas de Remo e Galo

Rodrigo Santana ressalta “redenção” após acesso e compara fanatismo entre torcidas de Remo e Galo

Longe dos grandes “centros” do futebol e sem trabalhos empolgantes nas últimas temporadas, o treinador foi fundamental para a arrancada do Leão do Z-4 da Série C até o acesso para Série B 2025 Rodrigo Santana fala sobre redenção na Série C com o Remo
Desacreditados e vivendo um momento de baixa, foi assim que começou a relação entre Remo e o técnico Rodrigo Santana nesta temporada. Além de trabalhos sem brilho nos últimos anos, o treinador ficou marcado por participar de um ato antidemocrático em 2022 – algo que ele diz se arrepender.
Por conta disso, sua chegada ao clube não era esperada, principalmente pelo momento em que o Leão estava, na zona de rebaixamento da Série C, de onde conseguiu sair com o treinador e nunca mais voltou.
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Antes de Rodrigo, o Leão passou longas e terríveis 35 rodadas sem ao menos entrar no G-8 da competição, algo que só foi acontecer na 15ª rodada da Terceirona. Segundo o treinador, mesmo com a situação delicada do Remo, ele aceitou a proposta azulina “de pronto”, afirmando que se sentia pronto, mesmo sabendo da desconfiança sobre seu trabalho.
– Eu estava preparado para aquele momento, para chegar, aquela pressão, uma certa desconfiança, porque eles não conheciam o meu trabalho e com muito trabalho, juntamente com a minha comissão técnica, os funcionários do clube. A gente conseguiu dar conta e conseguimos enxergar o mesmo peso de estar na parte de baixo e a camisa também puxa para cima nessa reta final e nos faz voar, principalmente nos jogos em casa.
Rodrigo Santana, técnico do Remo
Samara Miranda/Ascom Remo
Antes dele, o Leão somou apenas quatro pontos. Depois da chegada do técnico, foram 31 pontos somados em 19 jogos disputados, com nove vitórias, quatro empates e seis derrotas.
Para essa mudança drástica, Rodrigo tentou identificar o “causador do problema”. O técnico de 42 anos comenta que tem uma abordagem diferente para cada jogador.
– Criamos um sistema de jogo, onde praticamos dentro da semana e vimos eles desempenhando dentro do treinamento e no final perguntamos se estão se sentindo seguros, se estão bem. Vamos pegando as impressões deles, aí vamos criando uma integração mais fácil entre comissão técnica e jogador. Às vezes, como o jogador não tem a liberdade de chegar e dizer que não está se sentindo bem, as chances de dar errado é maior. Então, a nossa comissão procura trabalhar olho no olho, nunca manda recado para o jogador.Tem jogador que você tem que chamar com mais força, alguns precisam ser chamados para perto. Cada cabeça é um mundo, cada jogador responde de um jeito.
Quanto mais cedo você entender quem é quem dentro do seu vestiário, quem é o líder positivo, o negativo, quem é o técnico, tudo isso você tem que ir mapeando para criar suas armas.
De acordo com Rodrigo, ele nunca mencionou que o Remo estava lutando contra o rebaixamento, mesmo nos piores momentos. O foco e o discurso sempre foi no acesso para a Série B.
O Remo garantiu a classificação para o quadrangular com 26 pontos, nunca uma equipe passou para a segunda fase com uma pontuação tão baixa. Contudo, o Leão mostrou que não era inferior aos outros times, conquistando o acesso com uma rodada de antecedência. Diante do retrospecto e a polêmica em que esteve envolvido, Rodrigo Santana encara o momento vivido no Leão como uma “redenção” na carreira.
– O treinador vive disso, tem que abraçar essas oportunidades, mesmo quando as coisas estão muito difíceis. É evidente que quando o cara está na crista da onda vão existir propostas, vai dar algumas negativas, vai escolher onde quer trabalhar, mas, na verdade, eu tinha feito um bom Campeonato Mineiro pelo Athletic e estava no mercado aguardando. Eu já tive duas situações, duas propostas que eu não quis ir. Eu estava em casa, mas como o Remo poderia me proporcionar algo maior, eu acabei aceitando.
Rodrigo Santana tem bom aproveitamento como mandante pelo Remo
Samara Miranda / Ascom Remo
A redenção do treinador e do Remo passam pelo apoio da torcida, que encheu o Estádio Mangueirão no quadrangular. Mais de 100 mil pessoas apoiaram a equipe nos três jogos em casa na segunda fase. Não é a primeira vez que Rodrigo tem ao seu lado uma torcida fanática, já que treinou o Atlético-MG, em 2024.
– É a mesma característica. É um fanatismo muito grande. A torcida do Atlético-MG também é gigante, sabe cobrar bem, sabe viver o clube. Foi mais um clube que me deu uma experiência muito grande, que fez com que as coisas fossem muito mais fáceis de lidar, tanto com imprensa quanto torcida e o dia a dia. É um clube grande, que exige muito preparo para assumir um clube daquele nível. Foi onde também me ajudou a me capacitar para hoje conseguir ter sucesso aqui no Remo.
Rodrigo Santana expressa desejo de ficar no comando do Remo para Série B de 2025
Por fim, Rodrigo fala sobre o seu futuro, admitindo seu desejo de permanecer no Clube do Remo para a temporada 2025.
– Houve uma sintonia com o clube, com a diretoria, com a cidade, imprensa. A intenção, sim, é ficar e estamos muito próximos disso.
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