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Carlos Prates desafia a lógica, nocauteia mais um, e confirma que é o pesadelo no UFC

Carlos Prates desafia a lógica, nocauteia mais um, e confirma que é o pesadelo no UFC

Lutador de Taubaté venceu Neil Magny e igualou marca do campeão Alex Poatan. Carlos Prates nocauteou Neil Magny no primeiro round
Chris Unger/Zuffa LLC
“Onde estão seus cigarros?”. A primeira pergunta na entrevista coletiva, feita por um jornalista americano, após a vitória de Carlos Prates era inevitável. Prates é fumante assumido. Tinha acabado de vencer um lutador famoso por cansar seus adversários. E a luta principal do UFC Vegas 100 era a primeira de Prates na organização com limite de 5 rounds (até então, tinha disputado 3 lutas com limite de 3 rounds).
-“Eu sabia que vocês iriam perguntar isso. Mas aquela mulher disse que eu não poderia fumar aqui”, respondeu um bem-humorado Prates, apontando para uma funcionária do UFC.
Os malefícios do cigarro, como a alteração da pressão, e oxigenação do sangue, são amplamente conhecidos. Mas Prates, um atleta de elite, desafia a lógica. Até aqui, não precisou levar o condicionamento físico ao limite: venceu todas as lutas no UFC de forma rápida. Quatro lutas, quatro nocautes, quatro bônus pelos desempenhos. Neil Magny foi a vítima da vez. Logo no começo do primeiro round, tentou aplicar a estratégia de agarrar, derrubar e cansar Prates. Mas o atleta de Taubaté conseguiu evitar.
-“Esperava que ele tentasse me derrubar. Mas não tantas vezes como ele tentou. Ele tentou a primeira vez e eu defendi. Isso me deixou muito confiante”, disse Prates.
Confiante, o lutador, comparado a Anderson Silva pelo chefão do UFC, Dana White, soltou o jogo. No fim do primeiro round acertou um direito de raspão na têmpora de Magny, que caiu sem esboçar reação.
Na entrevista coletiva, um jornalista disse que as pessoas questionavam nas redes sociais se aquele golpe derrubaria qualquer lutador. Prates foi irônico: “Quem diz que não foi? Eles poderiam vir aqui. Eu acerto eles, daí eles dizem como foi”.
O lutador da categoria meio-médio (até 77kg) diz estar vivendo um sonho. Com os quatro nocautes neste ano, ele igualou Alex Poatan, campeão do meio-pesado (até 93kg), e atingiu a segunda maior sequência de nocautes entre os lutadores ativos no UFC.
-“Acordo todo dia às 6h. Treino em São Paulo às 10h30. Dirijo 2 horas. Depois mais 2 horas pra voltar pra Taubaté (onde mora). E treino de novo. Trabalho duro. E estou sendo recompensado”, afirmou.
Prates, conhecido como “pesadelo”, pediu para lutar em 9 de fevereiro, no UFC Austrália. Ele desafiou o número 4 do ranking, Jack Della Maddalena, e o décimo, Geoff Neal. Depois da Austrália, ele espera parar por um tempo para recuperar lesões que começam a incomodar.
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