Dia da Consciência Negra: Coritiba reforça combate ao racismo com Reginaldo Nascimento e Brandão
A partir de 2024, data se torna feriado é nacional ao rememorar a morte de Zumbi dos Palmares, líder do maior quilombo do Brasil no período colonial, assassinado em 1695 Dia da consciência negra: GE relembra grandes nomes do futebol paranaense
No Dia da Consciência Negra, que ocorre nesta quarta-feira 20 de novembro ao rememorar a morte de Zumbi dos Palmares, líder do maior quilombo do Brasil no período colonial, assassinado em 1695, o Coritiba utilizou as redes sociais para reforçar o combate ao racismo. O clube fez um vídeo com o atacante Brandão e o ex-jogador Reginaldo Nascimento para falar sobre o tema.
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Há 13 anos, o 20 de novembro foi oficializado como Dia da Consciência Negra. No entanto, a data era reconhecida como feriado apenas em seis estados – Alagoas, Amazonas, Amapá, Mato Grosso, Rio de Janeiro e São Paulo – e em aproximadamente 1,2 mil cidades. A partir de 2024, o feriado é nacional ao ser instituído pela Lei 14.759/2023.
— Hoje, o Dia da Consciência Negra é um momento importante para repetirmos toda a nossa história. Eu penso que, assim como na vida, a gente vai ter vários obstáculos, várias dificuldades no início. E, assim como aprendi a ser um atleta profissional, a gente ia ter que aprender a superara-las e se apegar muito em Deus e confiar. Porque a cada tema do futebol, o nível é muito grande, é muito complicado, mas saber suportar o processo — disse o atacante Brandão.
— Como atleta carrego comigo o orgulho as minhas raízes e a responsabilidade para ser exemplo para que outros jovens também conquistem seus sonhos. Ainda temos muito o que avançar como sociedade, mas reunindo forças, valorizando nossas culturas e promovendo o respeito que vamos conseguir um futuro mais justo para todos — completou Brandão.
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Brandão, atacante do Coritiba
JP Pacheco / Coritiba
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Reginaldo Nascimento é o sexto jogador que mais vezes vestiu a camisa do Coritiba. Um dos mais importantes atletas do Coxa, ele também trabalhou como funcionário, exercendo no ano passado o cargo de auxiliar técnico do elenco profissional. O ex-zagueiro reforçou o compromisso com o combate ao racismo.
— Teve que instituir um dia para as pessoas tocarem num assunto tão importante e delicado no nosso país. Se bem que o Dia da Consciência tem que ser todos os dias. Mas foi muito bom assim para que as pessoas possam, nesse dia especificamente, refletir um pouco mais sobre o assunto. Os tempos passam e o problema é antigo, né? Desde a minha época, quando jogava, existia um preconceito muito grande dentro e fora do campo, sabe? Hoje eu vejo que os jogadores de hoje e a própria mídia têm um prazer muito mais em falar em relação sobre isso. E que na minha época, talvez, o silêncio era muito maior, sabe? O medo de represálias de algumas situações dessa forma. Hoje eu acho muito importante, porque o racismo é diário. Todo dia você tem que vencer uma batalha em relação a essa ação — falou o ex-zagueiro.
— Eu penso que o futebol é uma grande ferramenta para que a gente possa poder falar nesse assunto sem melindre, porque o futebol tem várias pessoas, artistas negros, então ele tem um poder de fala muito grande e tem acesso a uma mídia que pode tocar diariamente nesse assunto. É importante refletirmos sobre a luta pela igualdade e combate para a racismo. Então vamos usar esse dia 20 de novembro para botar a mão na consciência e refletir — completou Nascimento.
Reginaldo Nascimento, ex-zagueiro do Coritiba
Fábio Gomes/RPC
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