Técnico do Mirassol mostra confiança: “Tenho convicção que vamos conseguir o acesso”
Mozart crava que duelo contra a Chapecoense será “o jogo mais importante da história do clube”. Leão é o vice-líder da Série B Mirassol chegou aos 64 pontos e pode conquistar o acesso ainda nesta rodada
Após empatar na ultima rodada fora de casa em 1 a 1 contra o Operário-PR, o vice-líder Mirassol vive a expectativa de confirmar o acesso à Série A do Campeonato Brasileiro neste domingo. O Leão recebe a Chapecoense neste domingo, às 18h30, pela 38ª e última rodada.
Na coletiva de imprensa três dias antes da decisão, o técnico Mozart abriu o jogo sobre o preparo da equipe durante esta semana.
– Hoje é o quarto dia de treinamento. Eu acredito que, em termos de preparação para um jogo tão importante como esse, é seguir os padrões que estamos fazendo há praticamente dois anos. Claro que com ajustes, mas sendo bem fiel a esses padrões, treinos, concentrações e entrega que sempre tivemos.
– Como vocês mesmos (imprensa) falaram, é o jogo mais importante da história do clube. Relembrar a história do Mirassol, que celebra o centenário ano que vem, é um clube que vem se transformando ao longo dos anos. Nunca devemos nos acomodar, temos de progredir, evoluir e olhar para frente sempre. E agora estamos próximos de algo até difícil de mensurar, do que estamos prestes a conquistar. Porém, ainda não conquistamos, por isso a preparação é muito importante – disse o treinador.
Mozart comandando treino do Mirassol
João Pinheiro/Agência Mirassol
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O treinador ainda falou sobre como, apesar do desgaste mental da temporada, o elenco tem experiência para lidar com a pressão e a expectativa do momento vivido pelo clube e finalizou falando sobre como deseja comemorar o sucesso da equipe em caso de acesso.
– A reta final de campeonato é sempre muito desgastante, mentalmente falando. E, como a gente já vem nos últimos doze jogos de disputa muito acirrada, todos os times lá de cima pontuando muito. Tanto é que temos 64 pontos e não garantimos o acesso. Então, está sendo um campeonato bem disputado. Tivemos uma reta final fantástica em termos de desempenho e pontuação, e com isso chegamos na última rodada dependendo apenas de nós mesmos para nos manter no G4. Temos um time experiente que vai saber controlar esse momento de ansiedade para a véspera de um jogo tão importante como esse. É preciso ter esse frio na barriga, porque, se não sentir isso, está na profissão errada. É uma ansiedade boa, que faça com que seu nível de atenção esteja sempre lá em cima. Então, é necessário sentir esse frio na barriga.
– Já pensei em tanta coisa. Eu tenho muita convicção de que vamos conseguir o acesso, pelo trabalho que é feito há quase dois anos para este momento. Está sendo um período de muita dedicação, abdicando de tempo com quem você mais ama para um objetivo tão grande como esse. Mas o que vem na minha cabeça é a minha esposa e meus filhos. Minha família é o meu alicerce, e quero comemorar com eles, mas prefiro pensar nisso só depois das 20h30 (risos) – finalizou Mozart.
Questionado sobre o rival deste domingo, o técnico prevê um jogo duro e valorizou o fato de a Chape ter garantido a permanência na Série B com uma rodada de antecedência.
– O Gilmar (Dal Pozzo) teve uma retomada importante na Chapecoense, e é difícil falar da dificuldade de uma Série B hoje. Ela é diferente da edição de dez anos atrás, com investimentos mais altos e a dificuldade maior. Então, o resultado que a Chape conquistou no último jogo foi muito expressivo. Você lutar contra o rebaixamento e conseguir escapar na última rodada é um grande feito. Então, será um jogo difícil. Precisamos ser humildes para defender e nos impor no ataque para vencer o jogo – avaliou o comandante.
Mozart finalizou a coletiva desta semana falando sobre as vezes em que o técnico “bateu na trave” para conseguir o acesso com outras equipes que já dirigiu e valoriza os anos de carreira como treinador até aqui.
– Infelizmente, no Brasil, só é valorizado quem vence. Olhando para trás, sou muito grato à carreira que construí até agora, porque fiz boas campanhas na Série B por outros clubes. Em 2020, nós ficamos em quinto. Em 2021, voltei ao CSA e ficamos em quinto novamente. Em 2023, aqui fizemos a melhor campanha de um estreante na Série B, faltou um ponto. Então, todo esse processo me preparou para viver este momento. E acredito que tudo é preparação. Eu sempre faço a reflexão do que eu poderia ter feito melhor naquelas ocasiões, fico me questionando todos os dias. Mas acho que essas frustrações que tive me moldaram para esse momento, e hoje, com certeza, estou prestes a viver o jogo mais importante da minha carreira como treinador – completou Mozart.
Mozart quase conseguiu o acesso treinando o CSA em 2021
Marlon Costa/Pernambuco Press
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