Campos Neto vê saída atípica de dólares no fim do ano e diz que Banco Central ‘tem muita reserva e vai atuar se for necessário’
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reafirmou que o câmbio é flutuante no Brasil, ou seja, que a cotação da moeda norte-americana sobe e desce de acordo com as operações no mercado, mas avaliou que houve uma saída extraordinária de recursos do país neste fim de ano.
Por isso, explicou que instituição resolveu intervir com leilões de venda de dólares no mercado, como forma de contrabalançar essa saída “atípica” de divisas do país. Segundo ele, o BC não mudou sua forma de atuar no câmbio.
Campos Neto aproveitou para dar um recado ao mercado financeiro: disse que o Banco Central “tem muita reserva [internacional, acima de US$ 370 bilhões] e vai atuar [no câmbio] se for necessário”.
“Entendemos que começou a ter uma saída maior, atípica, no fim do ano. A parte de dividendos [remessas de empresas ao exterior], você consegue ver que está acima da média. Mas o lucro foi maior também, o que aumenta o fluxo”, disse Campos Neto.
Segundo ele, além das tradicionais retiradas de recursos por empresas do país, que se intensificam no fim de cada ano, também está sendo registrado, e monitorado pelo BC, uma saída maior de recursos pelas pessoas físicas, por meio de plataformas de bancos.
“Há saída maior de pessoa físicas, por plataformas, com volumes menores. A gente discute entre a gente e tenta fazer uma intervenção que se contrabalenceia o fluxo que está vendo [de saída]. Geralmente a gente fatia [as intervenções] em alguns dias, o volume”, acrescentou o presidente do Banco Central.g1 > EconomiaRead More