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Coordenador da Inter Mogi destaca ano ruim dentro de quadra e cita aprendizados para 2025

Coordenador da Inter Mogi destaca ano ruim dentro de quadra e cita aprendizados para 2025

Amós Martins avaliou temporada do clube, que voltou a competir no adulto, além das indefinições no planejamento para o próximo ano e o desejo de renovar com o técnico Goda 2024 foi um ano de recomeço para o futsal de Mogi das Cruzes, com o retorno da Inter Mogi às competições na categoria adulta após três ciclos no sub-20. No entanto, a temporada terminou de forma decepcionante, devido ao baixo desempenho da equipe, que acabou eliminada na primeira fase das duas principais competições que disputou.
Em entrevista ao ge, o coordenador do adulto da Inter, Amós Martins, fez um balanço sobre esse retorno e projetou os próximos passos do projeto.
Amós Martins avaliou o 2024 da Inter Mogi
Guilherme Borges/ge
Retorno aquém do esperado
“Acho que foi a pior temporada que tivemos até hoje.” Foi assim que Amós avaliou o desempenho da Inter Mogi em 2024. Sob o comando do técnico Goda, os mogianos enfrentaram grandes dificuldades. Na Copa da LPF, disputada no primeiro semestre, a equipe não conseguiu nenhuma vitória, somando apenas um empate e seis derrotas. Além disso, ficou em quarto lugar nos Jogos Regionais, realizados em São Sebastião.
A expectativa era de melhorar o rendimento no segundo semestre, mas, novamente, o desempenho ficou abaixo do esperado. Foram apenas duas vitórias em 13 partidas na Liga Paulista, resultando em mais uma eliminação precoce, ainda na fase inicial.
Inter Mogi não passou da primeira fase da Copa da LPF e da Liga Paulista
Gabriel Cardozo Fernandes
– Foi muito difícil, muito, muito difícil. Tínhamos uma verba pequena e sabíamos que precisávamos contratar atletas jovens. Fizemos apostas em atletas jovens, mas, infelizmente, esses atletas não tiveram o comprometimento que esperávamos. Então, foi uma temporada muito ruim. Acho que foi a pior temporada que tivemos até hoje. Mas não podemos ficar olhando para trás. Vamos usar essa temporada como aprendizado, para não cometermos os mesmos erros, principalmente nas contratações de atletas – avaliou Amós.
Futuro
Passada a temporada caótica, o coordenador espera transformar os erros em aprendizados e alcançar melhores resultados em 2025. No entanto, o planejamento para o próximo ano ainda está indefinido, já que o time tem como principal parceiro a Prefeitura Municipal de Mogi das Cruzes, que passará a ser comandada pela nova gestão da prefeita eleita, Mara Bertaiolli.
– Agora, trocou o prefeito, trocou o secretário. Nós não sabemos o que a prefeita (Mara Bertaiolli) vai querer. Vai querer que disputemos o quê? Eu tinha como promessa disputar a Liga Nacional um dia, certo? Será que ela quer montar uma equipe competitiva ou vai dizer, mais uma vez, para voltarmos a focar na base? Estamos aqui abertos para fazer o que a prefeita decidir. O que o secretário de esportes, que hoje é o Fred (Abib), quer? Quais são os objetivos deles? A partir disso, vamos seguir a cartilha que nos passarem.
– Estamos à disposição da administração pública, como sempre estivemos, para representar o município da melhor forma. Mas precisamos de respostas. Até o final de janeiro, seja dia 15 ou 20, é importante termos uma definição. Sei que é difícil para quem está assumindo agora, mas é necessário. O Fred já trabalhou comigo por muito tempo, ele conhece o nosso trabalho, assim como o Filipin (novo secretário adjunto do município). Agora, precisamos ver se há verba disponível para isso.
Principal parceiro da Inter Mogi é a prefeitura da cidade
Gabriel Fernandes/bcfclicks
Tendo o poder público como principal apoiador, a equipe de Mogi das Cruzes disputou o primeiro semestre com as despesas custeadas pelos recursos da subvenção da Secretaria de Esportes e Lazer. O valor do repasse, no entanto, não foi divulgado pelo diretor da Inter.
– Sobre a subvenção, a princípio, não contamos com ela. Vamos precisar buscar alternativas, porque, neste ano, no primeiro semestre, a prefeitura bancou quase 100% da equipe, com subvenção e folha de pagamento dos atletas, incluindo a comissão técnica. No segundo semestre, já retiramos a comissão técnica da folha dos atletas, e, no próximo ano, pretendo fazer o mesmo. A ideia é deixar a folha destinada apenas aos jogadores.
No segundo semestre, além do suporte do município, a Inter contou com recursos da Lei de Incentivo ao Desporto (LIDE), implementada neste ano. A lei permite que pessoas físicas e jurídicas destinem parte do valor pago ao município referente ao Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) para projetos esportivos.
A ação elaborado pela equipe arrecadou cerca de 300 mil reais, que foram usados para custear as despesas com logística e comissões técnicas de todas as categorias. O valor, porém, não pôde ser destinado ao pagamento de atletas.
Inter Mogi conta com a lei de incentivo para custear o projeto em 2025
Guilherme Borges/ge
– Essa lei de incentivo foi superimportante para nós. Era algo que esperávamos há muito tempo. Eu, sendo um dos mais velhos no esporte mogiano, aguardava por isso. Tivemos sorte de conseguir captar 70% do valor planejado. Para este ano, fomos a única equipe que conseguiu captar e usar o dinheiro. Há outros quatro ou cinco projetos que estão sendo finalizados agora para utilizarem os recursos no próximo ano. A dificuldade maior está em convencer os empresários, já que muitos não conhecem a lei. Mas ela é muito boa, porque o empresário abre mão de 50% do imposto que pagaria. Se ele não investir na lei, pagará o mesmo imposto normalmente, sem nenhum acréscimo ou desconto. Além disso, ainda ganha a vantagem de divulgação. Agora, estamos em busca desses empresários para atingir nossos objetivos no próximo ano. E quando digo “próximo ano”, falo de março, porque o IPTU começa em março. Precisamos providenciar a documentação agora.
Renovação com o técnico Goda
Independentemente da categoria em que irá competir em 2025, uma coisa é certa: o coordenador conta com a permanência do técnico Goda, que está no time desde 2019. Ao longo desse período, ele acumulou conquistas importantes no sub-20, onde foi multicampeão.
– Não, ainda não conversei com o Goda. Sei que ele recebeu algumas propostas, mas recusou todas. Eu confio muito no trabalho dele e acredito na continuidade. Primeiro, porque ele gosta muito daqui, tem uma identificação forte com Mogi e com a equipe. Ele quer dar continuidade e fazer algo melhor. Como você mencionou, no Sub-20 fomos muito vitoriosos, estávamos acostumados a ganhar. Mas, no adulto, praticamente não tivemos vitórias. Ainda assim, acredito que toda a comissão técnica deve renovar conosco.
Permanência do técnico Goda é um dos objetivos da Inter Mogi para 2025
Gabriel Fernandes/bcfclicks
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