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Ex-presidente Cristina Kirchner irá a julgamento na Argentina por acobertar iranianos em atentado

Ex-presidente Cristina Kirchner irá a julgamento na Argentina por acobertar iranianos em atentado

 Ex-presidente será julgada por suposto acobertamento de iranianos envolvidos em ataque à comunidade judaica. Atentado de 1994 deixou 85 mortos e mais de 300 feridos Cristina Kirchner dá entrevista após votar em 22 de outubro de 2023
Horacio Cordoba/Reuters
A Suprema Corte da Argentina decidiu que a ex-presidente Cristina Kirchner vai enfrentar julgamento por supostamente ter ajudado a encobrir iranianos acusados do ataque à sede da AMIA, uma instituição judaica, há 30 anos. A notícia foi destaque na imprensa local nesta quinta-feira (5).
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O caso, reaberto em 2023, aponta que a acusação de acobertamento vai além de um memorando assinado com o Irã em 2013. Esse tratado, apoiado por Kirchner e aprovado pelo Congresso, buscava interrogar fora da Argentina os suspeitos do atentado, que matou 85 pessoas e feriu mais de 300.
Segundo os juízes, as suspeitas incluem negociações por vias não oficiais para garantir impunidade aos iranianos.
A acusação contra Kirchner foi feita pelo promotor Alberto Nisman, em janeiro de 2015, quando ela ainda estava na presidência. Dias antes de apresentar mais detalhes no Congresso, Nisman foi encontrado morto com um tiro na cabeça, em um caso que abalou o país.
Por outro lado, a Suprema Corte arquivou outra investigação contra Kirchner. Essa apurava a venda de dólar futuro pelo Banco Central durante seu governo, mas foi considerada um tema de política econômica, fora da alçada judicial.
Em abril, a Justiça da Argentina concluiu que os atentados contra a AMIA e a embaixada de Israel em 1992 (que deixou 29 mortos) foram ordenados pelo Irã. Essa decisão foi celebrada pela comunidade judaica como um marco histórico.
Em outubro desse ano, a Argentina anunciou que tinha identificado o chefe operacional do grupo extremista Hezbollah na América Latina. O governo acusou Hussein Ahmad Karaki de recrutar militantes e planejar ataques em países continente, incluindo no Brasil.
Segundo o Ministério da Segurança, Kakari recebeu ordens para executar o ataque contra a AMIA em 1994.
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