Haddad nega que isenção de até R$ 5 mil no IR seja ‘populista’ e diz que objetivo é ‘tributar melhor’
Ministro da Fazenda defendeu anúncios recentes, que levaram dólar a patamar recorde e preocuparam mercado. Governo diz que reforma do IR é ‘neutra’, ou seja, não muda total arrecadado. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu nesta quarta-feira (4) os anúncios feitos pela equipe econômica do governo na última semana – o pacote para cortar gastos, de um lado, e o projeto que eleva para R$ 5 mil a faixa de isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF).
As medidas repercutiram mal no mercado financeiro, que considerou os cortes insuficientes e criticou o envio da mudança no Imposto de Renda em um momento de aperto fiscal.
“Dizem que a reforma da renda é populista, mas ela é neutra do ponto de vista fiscal, como a reforma do consumo é neutra. Não estamos pretendendo arrecadar mais ou menos, mas tributar melhor”, afirmou Haddad.
As declarações foram dadas durante participação em evento promovido pelo portal “Jota” em Brasília.
🔎 Ao dizer que a reforma tributária e a reforma do IR são “neutras”, Haddad quer dizer que elas não impactam o volume da cobrança de impostos. Ou seja: mudam o formato da cobrança, mas não geram uma taxação maior ou menor que a atual.
“Fazer uma reforma pra cobrar um mínimo pra quem ganha a partir de R$ 600 mil pra não cobrar de quem não está conseguindo pagar as contas do mês, não me parece populismo. Não me parece um gesto populista”, defendeu o ministro.g1 > EconomiaRead More