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Países europeus suspendem pedidos de asilo de refugiados sírios após queda de Assad

Países europeus suspendem pedidos de asilo de refugiados sírios após queda de Assad

 Suspensão ocorre porque Síria tecnicamente não está mais em guerra, o que retira a obrigação dos países a aceitarem pedidos de refúgio. Centenas de milhares de sírios emigraram de seu país-natal desde o início da guerra civil, em 2011. Rebeldes posam ao lado de tanque em Damasco, na Síria, após queda de Assad.
Reuters/Mohamed Azakir
Sete países europeus anunciaram, nesta segunda-feira (9), a suspensão das decisões pendentes sobre as solicitações de asilo de cidadãos sírios, no dia seguinte à queda do governo de Bashar al-Assad na Síria, após uma ofensiva rebelde relâmpago que tomou a capital Damasco e outras cidades-chave do país.
Até o momento, Áustria, Alemanha, Dinamarca, Suécia, Noruega, Reino Unido e Turquia já anunciaram algum tipo de medida para interromper vistos de refúgio ou incentivar a volta de sírios.
“A partir de agora, todos os procedimentos [de asilo] em andamento serão interrompidos”, afirmou o Ministério do Interior austríaco em um comunicado.
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Também foram dadas instruções para “preparar um programa ordenado de repatriação e deportação para a Síria”, detalhou Gerhard Karner, o ministro do Interior do país de nove milhões de habitantes, o primeiro a fazer o anúncio.
Cerca de 87 mil sírios receberam asilo na Áustria desde 2015. No entanto, o chefe do governo conservador, Karl Nehammer, endureceu as medidas nos últimos anos diante do crescimento da extrema-direita, que venceu pela primeira vez as eleições legislativas em setembro.
A Alemanha, país vizinho, anunciou uma medida similar. Dada “a incerteza atual”, o escritório federal de imigração e refugiados “decretou hoje um congelamento das decisões sobre os processos de asilo atualmente em andamento” para os sírios, anunciou a ministra do Interior, Nancy Faeser.
A Alemanha acolheu quase um milhão de sírios durante o mandato da ex-chanceler Angela Merkel, tornando-se o país com a maior comunidade síria da União Europeia.
A França indicou também nesta segunda (9) que estuda suspender as solicitações de asilo de cidadãos sírios que estejam em andamento.
Na Dinamarca, a comissão responsável pela concessão do status de refugiado “decidiu suspender o processamento dos casos de pessoas originárias da Síria devido à situação de grande incerteza que o país enfrenta após a queda do regime de Assad”, segundo um comunicado.
A comissão também “decidiu adiar o prazo para a saída de quem possa ser deportado para a Síria”, especificou.
O país de seis milhões de habitantes tem uma política de asilo muito restritiva, e um de seus objetivos declarados é atingir “zero solicitantes de asilo”. As autoridades incentivam o retorno voluntário dos sírios e, desde 2015, emitem apenas permissões de residência temporárias.
A Suécia, outro país nórdico, também anunciou que suspenderá o processamento das solicitações de asilo, assim como as deportações.
“Dada a situação, simplesmente não é possível avaliar os motivos de proteção no momento”, declarou em um comunicado Carl Bexelius, responsável pelos assuntos jurídicos da Agência Nacional de Migração da Suécia.
A Noruega também aguardará a estabilização da situação no país do Oriente Médio. “A situação no país continua muito confusa e sem resolução”, escreveu a Direção de Imigração da Noruega (UDI) em um comunicado.
A UDI “não rejeitará nem concederá, por enquanto, solicitações de asilo aos sírios que tenham solicitado asilo na Noruega”, detalhou o órgão.
Dinamarca, Suécia, Áustria e Alemanha fazem parte da União Europeia. A Noruega não é integrante da UE, mas faz parte do espaço Schengen, que permite viajar livremente entre os países membros sem passar por controles de fronteira.g1 > Mundo Read More  

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