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Argentina denuncia Venezuela ao TPI por detenção de policial

Argentina denuncia Venezuela ao TPI por detenção de policial

 Nahuel Gallo está preso em Caracas depois de ter entrado no país, segundo as autoridades argentinas, para visitar sua companheira e seu filho. Já o procurador-geral venezuelano, Tarek William Saab, acusa o agente de ligações com grupos terroristas de extrema direita. Frente da Embaixada da Argentina em Caracas, em foto de julho de 2024
AP Photo/Matias Delacroix
A Argentina denunciou a Venezuela ao Tribunal Penal Internacional (TPI) pela “detenção arbitrária e desaparecimento forçado” de um policial argentino detido e acusado de ligações com grupos terroristas de extrema direita pelo Ministério Público venezuelano, informou a Chancelaria nesta quinta-feira (2).
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A Argentina apresentou a denúncia ao tribunal com sede em Haia para o caso de Nahuel Gallo, ocorrido no último dia 8 de dezembro, e acusou o procurador-geral Tarek William Saab, detalhou em comunicado.
Para o governo argentino, a detenção constitui “uma violação grave e flagrante dos direitos humanos, evidenciando um padrão sistemático de crimes contra a humanidade que estão sendo cometidos na República Bolivariana da Venezuela, que estão claramente sob a jurisdição do TPI”.
O governo da Argentina já havia exigido a liberação imediata do agente. O presidente Javier Milei, inclusive, acusou o regime de Nicolás Maduro de cometer sequestro com a prisão.
No último 13 de dezembro, o país já havia denunciado a prisão de Gallo, classificando a ação venezuelana como “arbitrária e injustificável”.
Segundo as autoridades argentinas, Nahuel Gallo, primeiro cabo da Gendarmaria Nacional Argentina (GNA), de 33 anos, foi preso na Venezuela depois de entrar no país, a partir da Colômbia, para visitar a companheira e o filho, que completa dois anos em janeiro.
Tarek William Saab disse, em comunicado na sexta-feira passada, que Gallo “tentou entrar irregularmente escondendo seu verdadeiro plano criminoso sob o pretexto de uma visita sentimental”.
Gallo, que permanece detido em Caracas, será indiciado por “conspiração” e “associação criminosa”, disse o procurador.
A ministra da Segurança argentina, Patricia Bullrich, questionou as alegações de Saab e garantiu que Gallo “entrou na Venezuela de forma absolutamente legal e o que não foi legal foi a forma como foi sequestrado na fronteira”.
A Argentina tem buscado o apoio do Brasil e da Colômbia para tentar intermediar um acordo que liberte o oficial. Segundo o Clarín, o governo Milei também cogita acionar o Papa Francisco.
Para o governo argentino, a prisão do oficial não é um fato isolado e faz parte de uma campanha “sustentada pela hostilidade, intimidação e violência psicológica contra os asilados e empregados da missão argentina” na Venezuela.
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