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Câmara de Choró prorroga prazo para candidato eleito foragido tomar posse como prefeito, no CE

Câmara de Choró prorroga prazo para candidato eleito foragido tomar posse como prefeito, no CE

 Bebeto Queiroz (PSB) e seu vice, Bruno Jucá (PRD), é investigado por envolvimento com organização criminosa. Bebeto Queiroz, prefeito eleito de Choró, teve a posse suspensa pela Justiça Eleitoral.
Redes sociais/Reprodução
A Mesa Diretora da Câmara Municipal de Choró, a 180 quilômetros de Fortaleza, prorrogou indefinidamente o prazo para o prefeito eleito, Carlos Alberto Queiroz Pereira, conhecido como Bebeto Queiroz (PSB), tomar posse. Bebeto está com um mandado de prisão preventiva em aberto, é considerado foragido pela polícia e foi impedido de tomar posse dia 1º de janeiro por decisão judicial.
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A decisão de prorrogar o prazo de posse foi publicada no ato administrativo nº 1 de 2025 da Mesa Diretora, assinado no dia 10 de janeiro pela atual presidente da Câmara Municipal, Lidiana Castro dos Santos, conhecida como “Lidiana do Cabeça”.
O texto diz que a Lei Orgânica do município – que funciona como uma espécie de “Constituição” da cidade – estabelece que os prefeitos devem ser empossados em até dez dias após o 1º de janeiro do ano em que começa o mandato, salvo se “comprovado motivo de força maior”.
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Uma decisão da Justiça Eleitoral havia suspendido a posse de Bebeto e do seu vice-prefeito, Bruno Jucá (PRD), no dia 1º de janeiro. A suspensão foi informada durante a cerimônia posse dos vereadores da cidade. Na data, ele já era considerado foragido.
Com isso, o então presidente eleito da Câmara Municipal, Paulo George Saraiva, o “Paulinho” (PSB), foi empossado como prefeito interino.
O documento assinado por Lidiana Castro destaca que Bebeto e o seu vice, Bruno Jucá (PRD), não tomaram posse por motivo de força maior, em decorrência de liminar judicial, e que como não há condenação definitiva, a liminar pode ser derrubada, o que restabeleceria aos dois o direito de serem empossados.
Por isso, a Mesa Diretora declarou prorrogado, por tempo indeterminado, o período para que Bebeto e Bruno Jucá possam assumir o comando da prefeitura do município. Bebeto Queiroz está com um mandado de prisão preventiva em aberto, decorrente de investigações contra ele, e seu paradeiro é desconhecido.
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Alvo de operações da PF e MP
Ele foi alvo da Operação “Ad Manus”, deflagrada pelo Ministério Público do Ceará em novembro deste ano, e da Operação ‘Vis Occulta’, realizada pela Polícia Federal (PF) no início de dezembro.
A operação do MP investigou a suspeita de fraude em contratos envolvendo o abastecimento de veículos da prefeitura do município, localizado a 180 quilômetros de Fortaleza. Durante essa operação, Marcondes Jucá (PT), o prefeito antecessor de Bebeto, foi afastado do cargo e preso, juntamente com um servidor da Secretaria de Transportes.
Na época, também foi emitido um mandado de prisão contra Bebeto, que chegou a ficar foragido, mas se entregou dias depois. Ele ficou dez dias detido, porém foi solto após expirar o prazo da prisão temporária.
Duas semanas depois, no início de dezembro, a Polícia Federal deflagrou a Operação ‘Vis Occulta’, com o objetivo de desarticular um grupo criminoso estruturado e hierarquizado, responsável pela compra de votos e influência no pleito eleitoral em dezenas de municípios do Ceará, entre eles, Choró.
Com a nova operação, Bebeto foi novamente alvo de um mandado de prisão preventiva. Porém, os policiais federais não conseguiram localizar o prefeito, que é considerado foragido desde então.
Durante as investigações, a polícia apurou o envolvimento de Bebeto e do vice com uma organização criminosa para o cometimento de crimes eleitorais, como compra de votos, e lavagem de dinheiro
Antigo prefeito de Choró, Marcondes Jucá (à esquerda), e prefeito eleito da cidade, Bebeto Queiroz (à direita), foram alvos de mandados de prisão
Reprodução
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