Emiliano revela que Garro pediu para jogar final pelo Corinthians com dores: “Não podia caminhar”

Auxiliar técnico do Timão revela bastidores da preparação para a final do Paulistão Corinthians 0 x 0 Palmeiras | Melhores momentos | Jogo 2 da final | Campeonato Paulista 2025
Rodrigo Garro pediu para jogar a final do Campeonato Paulista pelo Corinthians mesmo sofrendo com dores no joelho direito. O meia argentino não conseguiu participar do último treino tático antes da final, mas ainda assim insistiu para estar em campo na decisão contra o Palmeiras.
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Emiliano Díaz, auxiliar técnico do Timão, revelou bastidores da situação de Garro e do esforço dele para estar em campo:
– O Gordo (Garro) foi incrível. Ele sentiu ontem, não podia caminhar. Preparamos outra opção de jogo, ele acordou e mandou mensagem: “Vou jogar mesmo que seja o último jogo da minha carreira” – contou.
Mais adiante, Emiliano explicou melhor o problema que o camisa 8 tem no joelho:
– Não temos outro jeito que não seja rezar. Não é uma lesão grave, é uma dor forte. Depende dele, de como se sente. Está fazendo de tudo, ficou semanas fora e não melhorou. Precisamos ser justos para que ele se cure.
Rodrigo Garro em ação na final do Campeonato Paulista
Marcos Ribolli
O camisa 8 não foi o único que enfrentou dificuldades físicas para atuar na final. José Martínez e André Carrillo entraram em campo por suas seleções na última terça-feira e mesmo assim foram titulares contra o Palmeiras.
– Foi muito difícil (jogar a segunda final 11 dias depois da primeira). Estávamos ansiosos, ganhamos de visitante e foi difícil manejar a ansiedade. O que fez o Martínez e o Carrillo, de jogar praticamente quase 24 horas depois, foi incrível.
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O Corinthians terá pouco tempo para festejar a conquista e se recuperar fisicamente. A equipe estreia no Campeonato Brasileiro no domingo, contra o Bahia, fora de casa, às 20h.
Confira abaixo outros trechos da entrevista coletiva de Ramón e Emiliano Díaz:
Título dá respaldo?
(Emiliano) – Não é uma pergunta para mim, você precisa perguntar para a diretoria. Sinto um apoio total. Depois, não posso opinar sobre. Trabalhamos para que o grupo esteja bem, são. Sabemos de onde viemos, estou falando de nós como grupo. Temos que saber de onde viemos e o que lutamos para conseguir isso. Já falei, não quero entrar em detalhes, estou muito feliz. O grupo sofreu muito. É seguir trabalhando do mesmo jeito que estamos fazendo. Depois de oito meses de tanta luta e tanto sofrimento, o grupo merecia muito.
Duelo com Abel Ferreira
(Ramón) – Sei que é um grande treinador, é um grande clube. Ganharam os útlimos torneios aqui e era um desafio para nós. O mais importante é que o grupo competiu e foi agressivo, tivemos coragem de enfrentar esse tipo de partida. O mérito é exclusivamente dos jogadores. Eles tiveram muita coragem em um momento muito difícil do Corinthians, estamos felizes por isso.
Festa da torcida
(Emiliano) – Foi uma experiência incrível. A torcida fez a festa como sempre faz. Não é só por jogar uma final, não é à toa que dizem que é a melhor do Brasil e hoje se comprovou isso. Quero agradecer pela oportunidade de fazer feliz 35 milhões de pessoas, gente que sofre um montão. Hoje tivemos a felicidade de levar felicidade para cada família, para cada casa desses 35 milhões de corintianos.
– Houve uma química com os jogadores, que se sentiram apoiados. Essa química foi a chave para que isso acontecesse. Quero parabenizar a torcida e os jogadores. Essa união fez com que o grupo se sentisse respaldado e feliz.
O que pensou na hora do pênalti?
(Ramón) – Que ele ia agarrar (risos). Estávamos tranquilos, há duas ou três partidas ele também havia defendido. Tem a nossa confiança, o destino está marcado. São situações que não vão muda. Há coisas que estão marcadas, creio muito no destino, tenho fé e confiança nos jogadores. Foi um prêmio justo para nós, estamos muito felizes.
Volta por cima
(Emiliano) – Sempre acreditamos em nós. Chegamos a duas semifinais no ano passado em um momento muito delicado no Brasileirão, mesmo assim chegamos nas semifinais. Depois do que houve contra o Barcelona, aquilo foi uma porrada muito grande para nós internamente. Vínhamos de jogos bons, depois dessa porrada voltamos a ser o Corinthians. O grupo começou a sentir outra coisa, um sangue no olho que tivemos lá atrás quando estávamos na zona de rebaixamento. Depois daquele jogo falamos que seríamos campeões do Paulistão. Sempre falo com o grupo que é muito difícil que todos participem do título, todos tiveram minutagem e possibilidade, mas aqui todos participaram. Acho que essa foi a chave do título.
Futuro
(Emiliano) – Acho que a mentalidade que trabalhamos, desde que chegamos, é de não se conformar nunca. Quebrar um jejum de seis anos nos deixa orgulhosos pelo grupo, pelo o que eles fizeram. Não é fácil, eles sofriam a pressão disso, havia a necessidade e a pressão de vencer e os jogadores estavam pagando por isso. Podemos relaxar hoje, mas amanhã temos que pensar no Bahia, depois tem o Huracán. É assim que funciona os grandes clubes, temos essa mentalidade e queremos pensar nisso. Podemos desfrutar hoje do título, amanhã já temos trabalho.
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