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Mianmar é governado por junta militar; informações sobre terremoto são precárias

 Pelo aplicativo Telegram, mídia estatal declarou que pelo menos 144 pessoas morreram e 732 ficaram feridas pelo terremoto. Arranha-céu desaba na Tailandia após terremoto
Ainda não é possível dimensionar a extensão da tragédia causada pelo terremoto que atingiu Mianmar na madrugada sexta-feira (28). O país é comandado por uma junta militar, estabelecida após um golpe de Estado ocorrido no início de 2021.
A mídia estatal de Mianmar, em nota disparada via Telegram, informou que pelo menos 144 pessoas morreram e 732 ficaram feridas pelo terremoto.
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Atualmente, a junta militar controla a TV, o rádio e jornais locais. O fato de a internet ser restrita também dificulta o acesso a informações sobre o desastre, como relatos, vídeos e fotos.
Por outro lado, na Tailândia, país vizinho que sentiu os impactos do terremoto desta sexta, o ministro da Defesa, Phumtham Wechayachai, falou sobre a catástrofe. Lá, um arranha-céu em construção desabou, e houve registro de menos três mortos e de dezenas de desaparecidos.
Leia, abaixo, respostas a estas duas perguntas (clique para navegar pela página):
O que se sabe sobre o terremoto em Mianmar?
Como foi o golpe de Estado em Mianmar?
📌 O que se sabe sobre o terremoto em Mianmar?
Já era tarde de sexta (no horário local), quando um tremor de magnitude 7,7 atingiu Mianmar –ele também foi fortemente sentido na China e na Tailândia. O epicentro foi 16 km a noroeste da cidade de Mandalai, na região central de Mianmar.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), houve relatos de “danos significativos” na região. Voos da companhia aérea estatal, a Myanmar National Airlines, foram cancelados.
“A infraestrutura pública foi danificada, incluindo estradas, pontes e prédios públicos. Atualmente, temos preocupações com represas de grande porte. Prevemos que o impacto será bastante grande”, disse Marie Manrique, coordenadora de Programa da Federação Internacional da Cruz Vermelha.
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▶️ Como foi o golpe de Estado em Mianmar?
Em 2021, o país asiático sofreu um golpe de Estado liderado pelo Exército, que instituiu uma junta militar no poder. Rapidamente, o grupo assumiu o controle da infraestrutura do país, suspendeu as transmissões de TV e cancelou os voos domésticos e internacionais.
Os líderes do golpe detiveram integrantes do governo, inclusive a líder política Aung San Suu Kyi, vencedora do Nobel da Paz em 1991, e o presidente do país, Win Myint.
O golpe foi anunciado em uma estação de TV dos militares. Um apresentador citou a constituição de 2008, que permite aos militares declarar uma emergência nacional. Na data, ele afirmou que o estado de emergência permaneceria em vigor apenas por um ano.
A última eleição no país havia sido realizada em novembro de 2020, quando o principal partido civil, a Liga Nacional pela Democracia (NDL, na sigla em inglês), venceu 83% dos cargos em disputa. Os militares se recusaram a aceitar esse resultado, alegando terem ocorrido “enormes irregularidades” e fraudes.
Essas eleições foram bastante criticadas por não permitirem a participação de minorias étnicas. Praticamente todos os muçulmanos rohingyas não votaram – ou porque eles estavam em campos de refugiados em Bangladesh ou porque perderam a nacionalidade birmanesa.
A imagem de Suu Kyi, prêmio Nobel da Paz de 1991, foi muito afetada no cenário internacional por conta dessa crise dos rohingyas. O país é acusado de cometer genocídio contra essa população, e a ativista e principal liderança política birmanesa chegou a ter prêmios retirados por causa das acusações.
Manifestantes usando máscaras com o rosto de Aung San Suu Kyi protestam na cidade de Yangon, em Mianmar, neste domingo (28)
Stringer/Reuters
Prédio danificado após forte terremoto atingir o centro de Mianmar, em Mandalay, Mianmar, em 28 de março de 2025.
REUTERS / Stringer IMAGENS TPX DO DIA
Destruição em Mianmar após terremoto
Reuters e AFP
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