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RBR e RB já mudaram pilotos nove vezes no meio do campeonato da F1

RBR e RB já mudaram pilotos nove vezes no meio do campeonato da F1

Vai e vem de pilotos com a temporada em andamento, o que trouxe Verstappen à equipe austríaca em 2016, não é novidade para os dois times NA PONTA DOS DEDOS 26/03/2025 – GP da China de F1 e Matheus Comparato
O modo de gestão da RBR na F1, embora responsável por lançar talentos como Sebastian Vettel e Max Verstappen, é controverso. Desde a estreia da marca em 2005, o time promoveu nove trocas de pilotos no meio da temporada – quase sempre envolvendo a RB, cuja relação já foi alvo de críticas por rivais como a McLaren. O episódio mais recente foi com Liam Lawson, rebaixado do time após dois GPs.
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Entenda por que RBR trocou piloto após duas corridas na F1 2025
Liam Lawson no GP da Austrália da F1 em 2025
Bryn Lennon – Formula 1/Formula 1 via Getty Images
As mudanças no meio da temporada em vigência praticamente envolveram apenas atletas da Academia de Pilotos da RBR como Jaime Alguersuari, Sebastian Vettel, Max Verstappen, Daniil Kvyat, Pierre Gasly, Alexander Albon, Daniel Ricciardo e Liam Lawson. Algumas também foram bem antecipadas: Kvyat só participou de quatro GPs antes de ver Verstappen tomar seu assento no time.
Verstappen curte post criticando rebaixamento de colega da RBR
Desde sua criação em 2006, a RB (que já se chamou STR e AlphaTauri) foi estabelecida como uma equipe formadora de talentos da marca austríaca de energéticos, proprietária tanto desta, quanto da RBR, um ano mais velha.
Yuki Tsunoda representou a RBR no teste de pós-temporada da F1 2024
Vince Mignott/MB Media/Getty Images
A propriedade múltipla de equipes na F1 não esbarra em nenhum aspecto direto do regulamento, que restringe apenas a troca de informações técnicas e equipamentos – com exceção do motor e alguns componentes da caixa de câmbio. No entanto, pode ser vista como uma vantagem desleal para alguns rivais.
– Sabemos pela FIA que isso é difícil de ser fiscalizado e, se não for possível fiscalizar algo, é preciso proibir. Por dois motivos: porque isso torna as equipes B excessivamente competitivas em comparação com equipes como nós; e, ao mesmo tempo, as equipes A também estão se beneficiando disso, o que é ainda mais preocupante para nós – apontou o ex-chefe da McLaren, Andreas Seidl, em 2022.
2006 – Christian Klien sai, Robert Doornbos entra (RBR)
Robert Doornbos pilotou no lugar de Christian Klien na RBR no fim da temporada 2006 da F1
Paul Gilham/Getty Images
A primeira troca se deu no segundo ano da equipe no grid da F1. Depois de começar o ano com Christian Klien, que se revezou no segundo assento em 2005 com Vitantonio Liuzzi, a equipe o substituiu pelo ex-Minardi e piloto de testes Robert Doornbos.
Klien tinha apenas dois pontos no campeonato contra 14 do colega David Coulthard. A equipe já havia decidido não continuar com ele em 2007, visando contratar Mark Webber; Klien então recusou a oferta de competir na IndyCar (na época, Champ Car, antes de fusão de 2008) porque queria continuar na F1. No entanto, o recém-chegado não conseguiu pontuar nas três provas que disputou.
2007 – Scott Speed sai, Sebastian Vettel entra (STR)
David Coulthard e Mark Webber formaram a dupla da equipe principal por toda a temporada, mas as trocas passaram a envolver também a equipe-irmã RB – na época, ainda STR. Depois de dez corridas difíceis e sem pontos para o time, a direção optou por descontinuar o vínculo com o americano Scott Speed.
Sebastian Vettel celebrar o quarto lugar no GP da China de 2007 com membros da equipe STR
Mark Thompson/Getty Images
Vitantonio Liuzzi passou a ter como colega o jovem Sebastian Vettel, da Academia de Pilotos da RBR e que já tinha conquistado um ponto com a BMW. Das sete corridas que disputou, o alemão obteve um quarto lugar como melhor resultado, assegurando sua permanência ano seguinte.
2009 – Sebastien Bourdais sai, Jaime Alguerusari entra (STR)
Vettel deixou a equipe rumo à RBR para ocupar a vaga de Coulthard, aposentado. Com isso, Sebastien Buemi ocupou sua vaga na STR passando a competir ao lado do xará Sebastien Buemi – que quase não teve o vínculo renovado por ter fechado o ano anterior com quatro pontos contrastando aos 35 de Vettel.
Ele só disputou nove provas aquele ano antes de ser subsituído pelo reserva Jaime Alguersuari, de 19 anos. O francês só tinha dois pontos no Mundial; seu colega, o calouro Buemi, dez anos mais novo, tinha três. Bourdais chegou a considerar processar a STR pela quebra de contrato.
Sebastien Bourdais disputou apenas uma temporada e meia na F1
Getty Images
Alguersuari e Buemi seguiram na equipe até 2011; nos dois primeiros anos, o suíço levou a melhor, mas no fim da parceria, Alguersuari fechou a temporada em 14º lugar com 26 pontos contra 15 de Buemi, 15º. Eles saíram em 2012 para dar lugar à dupla da Academia da RBR, Jean-Eric Vergne e Daniel Ricciardo.
2016 – Daniil Kvyat sai, Max Verstappen entra (RBR/STR)
A mais famosa das trocas teve como estopim uma colisão entre Sebastian Vettel, na época ex-piloto da RBR e em seu segundo ano na Ferrari, e o recém-promovido Daniil Kvyat, no GP da Rússia. O episódio, na quarta corrida da temporada, fez com que a equipe decidisse promover a jovem promessa Verstappen, que estava em seu segundo ano na STR.
Daniil Kvyat bate em Sebastian Vettel, no GP da Rússia de 2016
Reprodução
Ele e Kvyat, que passou a correr na STR em 2014 e foi promovido em 2015 para a vaga de Vettel, efetuaram a troca no GP da Espanha. Lá, Max conquistou sua primeira vitória da carreira. Ele passou a formar a dupla da equipe principal com Daniel Ricciardo, permanecendo juntos até o fim de 2018.
Max Verstappen comemora primeira vitória na F1 no GP da Espanha de 2016
Clive Mason/Getty Images
2017 – Daniik Kvyat e Carlos Sainz saem, Pierre Gasly e Brendon Hartley entram (STR)
A grande diferença de pontos – 48 contra quatro – de Sainz e Kvyat fez a equipe-irmã da RBR demitir o russo a seis corridas do fim da temporada e promover o novato Pierre Gasly.
Sainz deixou o time após o GP do Japão para correr na Renault e Kvyat foi chamado de volta para substituí-lo nos Estados Unidos, etapa na qual Brendon Hartley correu no lugar de Gasly. O francês foi para o Japão disputar a final da Super Fórmula e voltou na etapa seguinte, enquanto Hartley assumiu definitivamente a vaga de Kvyat.
Pierre Gasly foi efetivado pela STR em 2017, substituindo Daniil Kvyat na F1
Peter Fox/Getty Images
2019 – Pierre Gasly sai, Alexander Albon entra (RBR)
O desempenho de Gasly na STR em 2018 rendeu uma promoção à equipe principal na vaga de Ricciardo, que foi para a Renault. Mas o francês não conseguiu acompanhar o ritmo de Verstappen e não durou até a metade da temporada: a partir da Bélgica, Alexander Albon, foi escolhido para a vaga da Academia de Pilotos da RBR. Gasly retornou à STR e, no GP do Brasil, conquistou um surpreendente segundo lugar.
Alexander Albon, da RBR, no GP da Bélgica de 2019
Mark Thompson/Getty Images
2023 – Nyck de Vries sai, Daniel Ricciardo e Liam Lawson entram (AlphaTauri)
A STR, agora batizada de AlphaTauri, contratou Nyck de Vries após sua boa atuação como substituto da Williams no GP da Itália de 2022. O holandês, campeão da Fórmula E, pontou correndo no lugar de Albon, que passou por uma apendicectomia de emergência. Mas o desempenho no decorrer da temporada não agradou e, após o GP da Inglaterra, décimo do ano, de Vries foi demitido.
Nyck de Vries no GP de Miami da F1. Holandês estava na lanterna do Mundial de 2023
Rudy Carezzevoli / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP
Para sua vaga, o time convocou Daniel Ricciardo – recém-demitido da McLaren. O australiano perdeu cinco corridas após fraturar a mão ao bater no treino do GP da Holanda; seu substituto, Liam Lawson, pontuou ao chegar em nono em Singapura. Ricciardo retornou a partir dos EUA.
2024 – Daniel Ricciardo sai, Liam Lawson retorna (RB)
A equipe, agora denominada RB, decidiu manter Ricciardo, mas ele só chegou à 18ª prova do campeonato: após Singapura, o australiano foi demitido e, mais uma vez, substituído por Lawson.
Daniel Ricciardo no GP de Singapura da F1 em 2024
Mark Thompson/Getty Images
Na mesma corrida, Ricciardo causou polêmica por colocar pneus macios para tentar o ponto extra da volta mais rápida e tirá-lo de Lando Norris, que disputava o título com Verstappen. A relação entre a RB e a RBR foi criticada por Andrea Stella, chefe da McLaren e em 2025, a F1 decidiu extinguir a premiação.
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