Vitória contra a Colômbia aproxima o Brasil da Copa do Mundo de 2026

Resultado positivo não pode mascarar problemas coletivos da Seleção Brasileira Em termos de classificação, a situação da Seleção Brasileira nas Eliminatórias da Copa 2026 – América do Sul melhorou substancialmente com a vitória frente a Seleção da Colômbia. Houve um alívio quanto ao temor de uma não classificação do Brasil para a Copa do Mundo de 2026, mas problemas coletivos persistem.
A Seleção Brasileira surpreendeu positivamente no início do jogo contra a Colômbia, que é um time extremamente técnico, com James Rodríguez, Arias e Luis Díaz atuando no setor ofensivo. O Brasil mostrou que consegue ser um time objetivo e organizado no meio-campo, menos vulnerável defensiva e ofensivamente.
Enquanto o placar nos favorecia, com um gol de pênalti convertido por Raphinha, foi fácil para a Seleção Brasileira manter essa organização. Porém, não foi suficiente para demonstrar a superioridade tática que possuía.
A falta de um camisa 10 clássico, com característica mais organizadora ficou evidenciada quando a Seleção da Colômbia percebeu a dinâmica do jogo do Brasil. Os colombianos adiantaram a marcação e foram crescendo paulatinamente na partida, até chegar ao gol no final do primeiro tempo.
A função de meio-campista clássico é mapear todas as regiões do campo e perceber o momento de controlar a velocidade do jogo. Raphinha é um excelente meia-atacante que, com sua habilidade nata, é intenso, consegue enfrentar os zagueiros para quebrar as linhas de marcação e efetuar o último passe para a finalização, mas não é tão cerebral quanto as circunstâncias do jogo contra a Colômbia exigiam.
São raros os jogadores que têm essa percepção, mas, do lado oposto, estava James Rodríguez, que é extremamente inteligente, habilidoso e sagaz para notar os espaços deixados pela Seleção Brasileira.
Esse é um ponto de suma importância para ser revisado, a fim de tornar a atuação da Seleção Brasileira taticamente linear. Enquanto Neymar não puder atuar em alto nível na Seleção, Dorival Júnior teria que encontrar um substituto. Raphael Veiga, do Palmeiras, ou Everton Ribeiro, do Bahia, são exemplos de atletas que executam essa função em seus clubes e poderiam suprir essa lacuna.
No segundo tempo, a equipe Canarinho melhorou ofensivamente com as entradas de Wesley, do Flamengo, de Sávio (Savinho), do Manchester City e de Matheus Cunha, do Wolverhampton. Por outro lado, a Colômbia é extremamente vertical, que consegue aliar técnica à sua ofensividade. Assim, o jogo ficou farto de bons momentos, com as duas Seleções atacando, mas sem predominância de nenhuma delas.
É esperado que o melhor jogador do mundo consiga ser decisivo jogando em sua Seleção, mesmo tendo períodos de oscilação durante a partida. E, foi esse protagonismo de Vini Jr. que trouxe a vitória à Seleção Brasileira, primeiramente sofrendo um pênalti e no final da partida, ratificando o resultado marcando um gol.
Mas isso nos leva a perceber que a Seleção está dependente de atuações individuais e ainda com pouca organização coletiva. O ideal a ser atingido é um time organizado, em que as características individuais potencializem ainda mais o sistema.
Pode ser que os resultados positivos tragam confiança e amadurecimento à equipe, mas a constância de um mesmo grupo também é primordial. Para o próximo confronto as lesões de Gerson e Alisson, impedem a repetição da escalação, assim como as suspensões de Bruno Guimarães e Gabriel Magalhães. Neymar, Danilo e Ederson já tinham sido substituídos antes da apresentação, por estarem lesionados.
Assim, com menos sete jogadores da lista original, Dorival Júnior fez uma convocação extra, chamando o zagueiro Lucas Beraldo, do PSG; os meios-campistas João Gomes, do Wolverhampton, e Éderson, da Atalanta; e o goleiro Weverton, do Palmeiras.
O próximo confronto, com a Argentina, deverá ser especialmente complicado para o Brasil, pois será realizado em Buenos Aires e a equipe de Lionel Scaloni tem mostrado sistema tático extremamente organizado desde a última edição da Copa do Mundo. Apesar de também contar com desfalques importantes, como Messi, Lautaro Martínez, Dybala, Lo Celso e Gonzalo Montiel, a Seleção Argentina tem mostrado entrosamento importante, que poderá superar essas ausências. geRead More