Arbitragem acertou ou errou? PC Oliveira analisa polêmicas da rodada do Brasileirão; veja

Decisões da arbitragem provocam discussão em jogos do fim de semana; confira análise do comentarista no “Fechamento sportv” Após uma primeira rodada em que a arbitragem chamou pouca atenção no Brasileirão, diversas decisões dos juízes geraram debate neste fim de semana. A atuação dos árbitros na segunda rodada foi um dos assuntos do programa Fechamento sportv, neste domingo, com análise do comentarista PC Oliveira.
O ex-árbitro deu seu parecer sobre diversos lances da segunda rodada: as expulsões de Zubeldía e Calleri em Atlético-MG 0 x 0 São Paulo, o cartão vermelho para Jonathan Jesus em Internacional 3 x 0 Cruzeiro, os pênaltis em Sport 1 x 2 Palmeiras e a expulsão de Carpini em Vitória 1 x 2 Flamengo. Confira abaixo!
Fechamento sportv: PC Oliveira analisa decisões da arbitragem na segunda rodada do Brasileiro
Reprodução
Expulsão de Zubeldía – Atlético-MG 0 x 0 São Paulo
O treinador do São Paulo se revoltou com o árbitro Ramon Abatti Abel ao pedir a expulsão do zagueiro Lyanco, do Atlético-MG, por entrada em Ferraresi. Zubeldía pedia a aplicação do segundo cartão para o jogador do Galo, mas acabou advertido. Em protesto, aplaudiu Ramon Abatti, que acabou o expulsando. Depois, ele precisou ser controlado por jogadores do Tricolor.
— Ele perdeu a razão na forma como reclamou, foi expulso corretamente. Ele recebe muitos cartões, não se comporta de forma adequada na área técnica. O primeiro amarelo para o Lyanco é bem aplicado, Para um jogador que já tem cartão amarelo, é uma entrada com temeridade (sobre Ferraresi), com a sola da chuteira. Chega atrasado, tem que se levar em conta o risco. Falhou o Ramon Abatti Abel ao não expulsá-lo — analisou PC Oliveira.
PC Oliveira avalia expulsão do Zubeldía no Atlético x São Paulo
Expulsão de Calleri – Atlético-MG 0 x 0 São Paulo
Calleri ficou 13 minutos em campo no duelo sem gols entre Atlético-MG e São Paulo. O camisa 9 do Tricolor foi advertido com cartão vermelho direto após falta em cima de Junior Alonso. O árbitro Ramon Abatti Abel, em um primeiro momento, aplicou apenas o amarelo, mas mudou de decisão após checagem no VAR. A alegação é de que Calleri deu uma cotovelada no zagueiro do Galo.
— É um lance que, na minha avaliação, está no limite da interpretação do árbitro. Não vejo o Calleri em uma ação de gatilho, para dar uma cotovelada violenta ou de força excessiva na disputa. Ele sobe, não tem o cuidado com o braço, atinge o Junior Alonso. Para mim, está bem no limite entre o cartão amarelo e o vermelho. Observando a imagem, a maneira como o Calleri foi para a jogada e a intensidade da falta, respeito a decisão final da arbitragem com a interferência do Wagner Reway (no VAR). Apesar de não ter um gatilho, tem uma intensidade — disse PC Oliveira.
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Expulsão de Jonathan Jesus – Internacional 3 x 0 Cruzeiro
A expulsão aconteceu aos 20 minutos do primeiro tempo. Wesley recebeu lançamento longo, entre Jonathan e Kaiki, dominou girando em direção à área e caiu. O árbitro Marcelo de Lima Henrique marcou falta fora da área e aplicou vermelho a Jonathan.
Os jogadores do time mineiro questionaram a marcação do árbitro, pedindo que o lance fosse revisado na cabine do VAR. Marcelo ouviu as orientações da equipe de vídeo e manteve a decisão de campo. O Cruzeiro vai à CBF pela expulsão, e o dono da SAF da Raposa disparou que queria “tratamento igual”.
— O Wesley domina a bola, tem a aproximação do Igor Jesus, tem um contato com ele. O Marcelo (de Lima Henrique, árbitro) marca a falta fora da área e aplica o cartão vermelho porque, no entendimento dele e não na natureza da falta, o zagueiro do Cruzeiro evitou uma situação clara de gol. O ponto aí é que não houve a falta. O futebol é um esporte de contato físico, vi essa jogada por vários ângulos. Em nenhum momento ele faz a alavanca, dá tranco. É um contato absolutamente normal. (…) Em velocidade normal, isso não é falta. Para mim, é um erro claro.
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Pênaltis marcados – Sport 1 x 2 Palmeiras
O Palmeiras venceu o Sport na Ilha do Retiro com dois gols de pênalti. O primeiro, ainda na etapa inicial, foi marcado por Bruno Arleu de Araújo após Chico puxar Flaco López.
— Entendo que a marcação foi correta, sim. A ação do Chico no López teve impacto, ele agarra. Não configurou uma situação clara e manifesta de gol, porque a bola ainda estava viajando, senão o Chico teria que ser expulso. Amarelo foi bem aplicado e o pênalti bem marcado, porque é uma ação com impacto que impede o movimento (do Flaco).
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Depois, no segundo tempo, o Palmeiras teve outro pênalti marcado em seu favor – desta vez, após Raphael Veiga pegar sobra, invadir a área e cair após disputa com Matheus Alexandre. A arbitragem assinalou pênalti, houve contato entre o VAR e Bruno Arleu de Araújo, e a penalidade foi confirmada. Piquerez converteu e garantiu a vitória paulista sobre o Sport.
— Isso não é pênalti. A ação do Matheus Alexandre é na bola, toca na bola e depois não tem um movimento adicional para derrubar o Veiga. É a continuidade de quem tocou claramente na bola. Não houve ação adicional com força suficiente para causar impacto nessa queda do Veiga. Na imagem fechada, olha como o Veiga arrasta o pé. O toque é só na bola, depois há um contato que ainda é a ação de quem tocou na bola. (Veiga) deixa de correr, dobra o joelho, arrasta o pé e vai ao chão — disse PC, acrescentando após a escuta dos áudios do VAR:
— A análise do VAR, em um primeiro momento, é correta: há um contato na bola, depois um contato mínimo e ele (Veiga) arrasta o pé. Ele estava seguindo para uma interpretação diferente da tomada de decisão no campo. De repente, vai buscar o contato, o pelo em ovo, e esquece de ver a jogada como um todo. Focou só no contato do pé e reforçou uma decisão errada no campo de jogo.
Expulsão de Thiago Carpini – Vitória 1 x 2 Flamengo
Na sequência do gol de Wellington Rato, o técnico do Vitória foi expulso por chutar uma bola à beira do gramado, fora da área técnica. O comandante tentou argumentar com o árbitro Rafael Klein antes de deixar o gramado.
— A CBF está usando o sistema de bolas múltiplas, que também foi usado no Paulistão, e ele deu um bico na bola. A súmula ainda não foi divulgada. Além do bico na bola, ele deve ter tido alguma fala de reclamação. É o que eu pude fazer de leitura.
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