Caixinha lamenta atuação e início ruim do Santos no Brasileiro: “Resultados falam por si”

Muito pressionado, treinador santista afirma que time não conseguiu repetir, no jogo contra o Fluminense, a preparação que fez ao longo da semana O técnico Pedro Caixinha disse que “não deu praticamente nada certo” na derrota do Santos para o Fluminense por 1 a 0, neste domingo, no Maracanã, pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro.
Sob risco de demissão, o treinador alegou que a pressão não muda a visão de jogo e o trabalho dele e defendeu que tem condições de fazer o time reagir.
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— Em primeiro lugar, assumir todo esse mau início. É indiscutível, os resultados falam por si. Como muito bem disse, são resultados que fazem a diferença em termos daquilo que é a nossa vida como treinadores — admitiu Caixinha, em entrevista coletiva.
— Isso não muda nada em mim. Não muda nada a forma como eu vejo o jogo, não muda nada na forma como eu me predisponho a trabalhar, não muda nada aquilo que é a minha crença em termos da minha capacidade de levar o grupo a fazer aquilo que temos capacidade para fazer. Isso me dá ainda mais força. Eu tenho essa força interior em mim. Neste momento, é quando eu ainda dou mais e o melhor de mim.
Pedro Caixinha em Fluminense x Santos
Thiago Ribeiro/AGIF
Em nove pontos disputados nas três primeiras partidas do Brasileirão, o Santos só conseguiu um. O time estreou com derrota para o Vasco por 2 a 1, empatou com o Bahia por 2 a 2 e perdeu para o Fluminense por 1 a 0.
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Apesar de ter tido uma semana inteira de trabalho, o Santos não conseguiu repetir, no jogo, o que preparou nos treinamentos, especialmente no primeiro tempo, segundo Caixinha.
— Não deu praticamente nada certo em termos daquilo que foi a primeira parte. Nós queríamos criar uma superioridade numérica contra o meio-campo do Fluminense com quatro jogadores. Tínhamos cinco jogadores para isso, sendo um deles o Escobar, quando a bola vinha pelo lado contrário. Nós não conseguimos criar a superioridade e encontrar esses espaços para poder ter mais a bola, as associações e criar desequilíbrio do lado do Arias.
— Mas não ter bola foi difícil fazer isso. Isso fez com que a equipe estivesse longa, sem ocupar bem os espaços. Consequentemente, quando tínhamos que pressionar, não o fizemos. Aquilo que era nossa vontade, de pressionar e muito o adversário, é agourada quando a distância para o adversário é superior a dois metros, não pode efetivar e intensificar a pressão. Isso fez com que o adversário jogasse ao bel-prazer.
Sob pressão, o treinador fez três alterações no time titular: não escalou Gabriel Bontempo e preferiu Diego Pituca, que pouco fez; trocou JP Chermont, que vive má fase, por Leo Godoy, com atuação pior ainda; e Thaciano começou em substituição a Barreal e praticamente não apareceu.
— Nós tivemos tempo de trabalhar esses pontos ao longo da semana. Era aquele que nós acreditamos muito na forma de abordar esse jogo. Jogou muito bem ao longo da semana, inclusive no jogo de preparação. E hoje, inexplicavelmente, não conseguimos pegar no jogo nem com bola na primeira parte, nem conseguimos ser agressivos na pressão alta, numa zona mais adiantada do campo. Isso fez com que o adversário fosse nitidamente superior a nós — analisou Caixinha.
— No intervalo entendemos a necessidade de fazer as alterações para ter jogadores que se mostrassem mais ao jogo, ter mais a bola. Quisermos arriscar com o próprio Neymar e Soteldo, e com o Deivid, sendo agressivos na pressão sobre os zagueiros e maior capacidade de atacar as costas. Em espaços conseguimos ter mais bola quando o Neymar pegou no jogo. Quando o Bontempo entrou, a equipe teve capacidade de ter mais a bola, mas nunca tivemos a capacidade de elevar com perigo a última zona — continuou o treinador.
— Depois, acontece o gol no momento em que todos esperassem que o jogo terminasse empatado. Mas por tudo que o Fluminense fez no volume total do jogo, eu diria que eles são os vencedores.
O próximo compromisso do Santos pelo Brasileirão será contra o Atlético-MG, nesta quarta-feira, às 21h30, na Vila Belmiro.
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