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Renato precisava tanto do Fluminense quanto o Fluminense precisava de Renato

Renato precisava tanto do Fluminense quanto o Fluminense precisava de Renato

Além da natural afinidade com o ambiente tricolor, Renato Portaluppi tem a chance de trabalhar com um elenco que parece feito sob medida para ele. Na primeira vez que fui ao Rio de Janeiro, não havia caminhado sequer quinhentos metros pela antiga capital federal quando me deparei com uma das imagens mais icônicas (para mim) da zona sul carioca: Renato Portaluppi jogando futevôlei na praia de Ipanema. Porque Renato elevou a outro patamar a antiga piada de que todo gaúcho deseja se mudar para o Rio: ele não apenas se mudou, mas triunfou a ponto de se tornar majestade — em campo, fora dele, na areia, enfim. 
É claro que o reinado teve longos hiatos, especialmente porque Renato nunca deixou de atender ao chamado do Grêmio, fosse para ser campeão ou para apagar incêndios. Em Porto Alegre, majestade encarangada, munia-se de luvas e mantas para suportar o inverno na casamata tricolor. Nas suas diversas passagens, levou o Grêmio a jogar o melhor futebol do país, segurou as pontas, serviu como departamento de futebol inteiro. Portanto, era natural o desgaste vivenciado no fim de sua passagem mais recente. 
Neste momento, nada melhor para revigorar a trajetória do que voltar para o Rio de Janeiro, onde automaticamente se transforma em Renato Gaúcho, e para um clube onde é ídolo. Renato precisava tanto do Fluminense quanto o Fluminense precisava de Renato. Tanto que esta relação simbiótica se faz perceber logo nos primeiros momentos de trabalho — em três jogos, três vitórias, com futebol já bem mais convincente do que a equipe vinha apresentando nos últimos momentos com Mano Menezes. 
“O Fluminense se comportou como time grande”, analisa Phill em ge Fluminense
Mais importante do que isso, a recuperação da relação com a arquibancada, que andava estremecida. Em momentos de urgência, nada melhor do que contar com alguém que tenha uma relação tão estreita com o clube, desde o gol de barriga de 1995 até a Copa do Brasil de 2007 e o sonho libertador interrompido em 2008.  O Fluminense (clube, jogadores e torcida) precisava de uma figura com tamanha capacidade de mobilização.
Além da natural afinidade com o ambiente tricolor, Renato tem a chance de trabalhar com um elenco que parece feito sob medida para ele: um grupo que se acostumou a vencer, mas que precisa retomar o bom desempenho, com jogadores que buscam recuperar a excelência técnica. Durante grande parte de seu caminho no Grêmio, ele se destacou justamente por conseguir manter um nível alto de atuação, com regularidade, resgatando a capacidade técnica de atletas que andavam questionados. 
No futebol brasileiro nada é definitivo, eis uma obviedade inquestionável, e assim também são as relações, mas tudo recomenda acreditar que o retorno de Renato Portaluppi ao Reino de Laranjeiras promete um futuro próspero e fértil, quem sabe até mesmo feliz, para todos os envolvidos. 
Confira a íntegra da coletiva de Renato após a vitória do Fluminense geRead More

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