Alonso revela tensão antes do primeiro título na F1, há 20 anos em Interlagos: “Muito estresse”
Primeiro título de Alonso na F1 completa 20 anos: “Muito estresse e adrenalina”
O GP do Brasil de F1 de 2005 entrou para história ao consagrar o mais jovem campeão da categoria até então: o espanhol Fernando Alonso, da equipe Renault, que finalmente conseguiu quebrar a hegemonia de Michael Schumacher e Ferrari após cinco títulos seguidos.
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Com 24 anos, ele superou o recorde que pertencia a Emerson Fittipaldi; atualmente, o mais jovem campeão é Sebastian Vettel, com 23. Na véspera do vigésimo aniversário da conquista, Alonso admitiu que ainda nem sabe como vai celebrar as duas décadas desta conquista, como contou em entrevista ao ge.globo em Baku, antes do GP do Azerbaijão.
– Essa vai ser uma pergunta muito popular neste ano, especialmente no GP no Brasil, eu não sei o que dizer ainda, preciso preparar a resposta.
Fernando Alonso celebra título da F1 2005 no GP do Brasil
Clive Rose/Getty Images
As memórias de Alonso do dia 25 de setembro de 2025 seguem vivas. Na ocasião, o espanhol concluiu a prova na terceira colocação, justamente o resultado que ele precisava – a vitória ficou com Juan Pablo Montoya, da Williams (foi a última vitória do colombiano na F1). Esta também foi a primeira vez que uma corrida no Brasil decidiu o título da F1.
– São sempre ótimas lembranças daquele dia. Foi muito estresse e muita adrenalina. Toda vez que eu vou para o Brasil, em Interlagos, eu me lembro de tudo aquilo. Desde a saída do hotel, a entrada no circuito, o desfile dos pilotos, então muita coisa aconteceu e sim, sempre será um lugar especial para mim.
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Getty Images
Após a conquista do título em 2005, Alonso se tornou novamente campeão em 2006, também com a Renault. A era de domínio do espanhol parecia ter início – e aparentava que seria tão fulminante quanto a anterior, de Schumacher. A ida para McLaren em 2007 se mostrou acertada no início, com o time inglês tendo um carro dominante. Mas os atritos com um novato que chegava impressionando – ninguém menos que Lewis Hamilton, que fez sua estreia na F1 naquela temporada – tornaram o ambiente do time instável.
Os dois perderam o título daquele ano para Kimi Raikkonen, da Ferrari. A McLaren foi alvo de um escândalo de espionagem, Alonso voltou para a Renault, mas o time não foi competitivo – sendo marcado também pelo “Singapuragate”, em que Nelsinho Piquet bateu o carro de propósito para favorecer a vitória do espanhol, que seu companheiro de equipe, então liderada pelo italiano Flavio Briatore.
Em 2010, o espanhol foi para a Ferrari e ficou perto do título, mas segue há 19 anos o terceiro título e há mais de 12 anos de uma nova vitória na F1. Alonso admitiu que não imaginava estar na categoria 20 anos após aquela conquista.
-Eu não pensei em estar no grid após 20 anos do meu campeonato, mas ainda estou por aqui. Muitas coisas mudaram no esporte, com certeza. A tecnologia mudou. Os motores. A forma como nós corremos agora. A forma como nós preparamos as corridas. E todos os competidores também. A análise dos competidores. A natureza e DNA do esporte da Fórmula 1 sempre foi ditado pela performance do carro. E por um conjunto de regras que são sempre melhores para algumas equipes do que para outras. Acho que agora isso é mais extremo e o esporte foi nessa direção, de ser ditado pela performance do carro e à tecnologia – analisou.
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