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Grêmio sobrevive sem SAF? Entenda como ficam as finanças até fim da gestão Guerra

Grêmio sobrevive sem SAF? Entenda como ficam as finanças até fim da gestão Guerra

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A gestão do presidente Alberto Guerra está a praticamente dois meses do fim, e os dirigentes fizeram valer o dito popular “um olho no peixe e outro no gato”. Isto é, ao passo em que as finanças merecem atenção especial, foi preciso investir mais no futebol devido à temporada ruim.
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Com as contratações da última janela de transferências, a folha saiu da casa dos R$ 17 milhões para aproximadamente R$ 20 milhões, conforme apurou o ge. Da metade do ano em diante, o empresário e dono da Arena, Marcelo Marques, disponibilizou R$ 30 milhões para o clube.
O valor foi utilizado para quitar dívidas com fornecedores e buscar jogadores que tinham contrato em vigor, a exemplo de Erick Noriega.
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– Estamos trabalhando com todas as nossas receitas para viabilizar (investimentos). Receita dos patrocínios, tem a questão também da TV que, no final do ano, é reforçada pela exposição e pela performance do time. Contamos que o nosso time ainda vai dar uma recuperada e trazer recursos extras. E o Marcelo Marques ajudou o clube com aporte que a gente utilizou, em grande parte, para trazer esses atletas – explicou o vice-presidente Fábio Floriani em entrevista exclusiva ao ge.
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Aposta na base fortalecida
Após alcançar a receita de R$ 242 milhões nos primeiros seis meses do ano, Floriani acredita que o clube irá atingir o valor previsto para 2025, de R$ 548 milhões. A visão otimista está baseada na expectativa de melhora da equipe na temporada — que pode resultar no incremento de verbas — e na venda de jogadores da base, que atingiu R$ 105,5 milhões, incluindo a transferência de Igor Serrote por R$ 30,7 milhões em julho (o Grêmio ficou com 80% do valor, cerca de R$ 24 milhões).
A formação de atletas, inclusive, é ponto crucial na visão de Floriani para que o clube possa se manter sem se tornar uma SAF e vender as ações a uma empresa com fins lucrativos.
– Enquanto conseguir formar e vender atletas, principalmente no âmbito da base, sim (se mantém sem SAF). O desafio é querer um time competitivo em um cenário que os custos subiram demais. O Grêmio é um formador e tem conseguido fazer negócios com os jogadores da base. Assim, tem sido uma válvula de escape. Temos atletas que interessam a clubes de dentro e fora do país – acrescentou o dirigente.
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Lucas Uebel / Grêmio FBPA
Para a próxima gestão, a maior dor de cabeça será resolver o fluxo de caixa. O Grêmio não tem receitas excedentes. O orçamento corrente é apertado para manter as obrigações em dia em todo início de mês. Em paralelo às economias que precisam ser feitas, o futebol exige investimento. Para Floriani, contudo, um dos legados da atual gestão é o elenco montado a partir da última janela.
– É o mesmo desafio de quando a gente assumiu a gestão: assumir um clube que não vai ter um excedente de caixa. Porém, de forma muito diferente de quando a gente assumiu, vamos deixar um time competitivo para o próximo presidente. Recebemos um time vindo da segunda divisão. Tivemos uma redução forte nas receitas por conta disso. A gente deixa para o próximo presidente um patamar de receita geral no nível que tem que ser, acima de R$ 500 milhões. E deixamos um time para administrar – comentou.
Não vamos deixar obrigações para trás, mas também não vamos ter a condição de deixar muito recurso em caixa, porque o investimento foi grande.
Por fim, Floriani garantiu que a administração de Alberto Guerra não deixará pendências financeiras para o próximo ano, quando começa uma nova gestão. Ao menos, “nada que não seja da normalidade dos clubes do futebol”, como define. Com a desistência de Marcelo Marques de se lançar à presidência do Grêmio, a tendência é que Guerra lance um nome de sua preferência para concorrer ao cargo máximo em novembro.
Fábio Floriani, vice-presidente do Grêmio
Lucas Uebel / Grêmio / Divulgação
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