Análise: Mogi Basquete vai de eliminação frustrante à disputa do título estadual em uma temporada
No dia 3 de julho de 2025, talvez o torcedor do Mogi Basquete tenha dado seu último voto de confiança à equipe. A aposta foi no anúncio de um novo modelo de gestão, por meio de uma sociedade anônima — idealizada para um período de dez anos — em um clube afundado em dívidas, vindo recentemente de uma pausa forçada nas atividades e de campanhas muito aquém da tradição de um bicampeão paulista (1996 e 2016) e campeão sul-americano (2016).
Mogi Basquete vai de eliminação frustrante à disputa do título estadual em uma temporada
Willian Oliveira
Naquele momento, o velho ditado de que ‘a esperança é a última que morre’ se confirmou. Três meses depois, os torcedores voltaram a comemorar com a classificação heroica para a final do Campeonato Paulista de 2025 — feito que não acontecia havia nove anos, desde 2016, quando o time conquistou a segunda taça.
Foi apenas o primeiro passo diante de uma realidade que nem mesmo os mais fanáticos poderiam imaginar pouco mais de um ano antes. Na ocasião, os mogianos foram eliminados precocemente na primeira fase do estadual — algo que, desde o retorno do projeto em 2011, havia acontecido apenas uma vez, em 2020.
Mogi eliminou o Pinheiros na semifinal do Paulista de basquete
Willian Oliveira
As mudanças administrativas, aliadas à resiliência do técnico Fernando Penna — recompensado depois de três temporadas de mais baixos do que altos à frente do grupo — permitiram conduzir um elenco reformulado, jovem, mas experiente, dono da segunda melhor campanha da fase de classificação, atrás apenas do Franca, atual campeão.
Até aqui, foram 15 jogos, com 11 vitórias, números que restauraram a confiança da torcida, que compareceu em peso às partidas em casa. No ginásio Hugo Ramos, a média de público foi a melhor do torneio (três mil espectadores por partida), chegando próximo à capacidade de cinco mil pessoas no segundo duelo da semifinal contra o Pinheiros.
Mogi vai enfrentar Franca na final do Paulista de basquete
Willian Oliveira
Para coroar o recomeço, o Mogi precisará escrever pelo menos mais três capítulos vitoriosos na final em melhor de cinco contra o bicho-papão Franca e, quem sabe, erguer o tricampeonato estadual depois de quase uma década, garantindo ainda um impulso extra para a disputa do NBB, que começa na segunda quinzena do mês.
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