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“Lei Maria Luiza”: filha do goleiro Cássio inspira medida que garante inclusão a estudantes autistas

“Lei Maria Luiza”: filha do goleiro Cássio inspira medida que garante inclusão a estudantes autistas

Palmeiras 0 x 0 Cruzeiro | Melhores momentos | 30ª Rodada | Brasileirão 2025
Filha do goleiro Cássio, do Cruzeiro, a pequena Maria Luiza, de sete anos, virou o nome de uma lei sancionada em Uberlândia que garante a inclusão de crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) em escolas privadas da cidade.
Em agosto, Cássio desabafou nas redes sociais sobre a dificuldade de matricular a criança em escolas de Belo Horizonte. A situação aumentou o debate sobre o acolhimento a alunos neurodivergentes na educação.
+ Cássio desabafa por dificuldade de encontrar escola para filha em Belo Horizonte: “Corta o coração”
Cássio, goleiro do Cruzeiro
Gustavo Aleixo
A Lei Maria Luiza prevê que as escolas de Uberlândia que se recusarem a receber estudantes com autismo, como aconteceu com a filha de Cássio, deverão fornecer aos pais um documento que comprove a negação da vaga.
Caso a recusa se dê por motivo discriminatório, a instituição pode ser punida de acordo com a Constituição Federal e o Estatuto da Criança e do Adolescente. A regra considera discriminação:
a negativa de matrícula sob qualquer justificativa relacionada ao diagnóstico de autismo;
a criação de exigências adicionais, financeiras ou burocráticas, que não sejam aplicadas a outros estudantes;
a cobrança de valores extras em razão da condição do aluno com TEA;
a recusa ou omissão no fornecimento de acompanhante especializado, quando comprovada a necessidade.
De autoria dos vereadores Ronaldo Tannús, Amanda Gondim e Liza Prado, o texto foi aprovado pela Câmara e sancionado pelo prefeito Paulo Sérgio Ferreira na segunda-feira, 27 de outubro. A norma já está em vigor, e as escolas de Uberlândia precisam se adaptar às novas regras.
— A partir de agora, nenhuma escola poderá recusar matrícula, criar exigências adicionais ou cobrar valores diferenciados por motivo de autismo. Mais um passo pela inclusão, respeito e igualdade de oportunidades — escreveu o vereador Ronaldo Tannus em publicação nas redes sociais.
Cássio; Palmeiras x Cruzeiro
Marcello Zambrana/AGIF
Maria Luiza
Em agosto, o goleiro Cássio usou as redes sociais para desabafar sobre a dificuldade de matricular a filha Maria Luiza, de sete anos, na rede particular de Belo Horizonte. A menina é acompanhada desde pequena por um profissional, que se também se mudou para Belo Horizonte quando Cássio deixou o Corinthians para defender o Cruzeiro, no ano passado.
“Tenho tentado matricular minha filha em diferentes escolas, mas a resposta quase sempre é a mesma: ela não é aceita”, postou o goleiro no Instagram.
Cássio faz desabafo em rede social
Reprodução/Internet
— O mais triste é ouvir isso justamente de escolas que se apresentam como “inclusivas”, que dizem aceitar todos os tipos de crianças. A realidade, no entanto, é bem diferente.
Ainda de acordo com a postagem, as escolas não aprovam o acompanhamento dessa pessoa ao lado da menina dentro do ambiente de ensino. Cássio explica que ele e a esposa tentam argumentar e mostrar a importância dessa ajuda, mas “a resposta é sempre negativa”.
— Se não fosse por uma única escola ter aceitado a minha filha, a Maria simplesmente não teria como estudar em Belo Horizonte
“(…) Como pai, ver sua filha rejeitada simplesmente por ser autista é algo que corta o coração.Inclusão não é só palavra bonita em propaganda, é atitude. E ainda estamos muito longe de viver isso de verdade” geRead More