Após ameaça de Trump ao Irã, Putin fala por telefone com presidente iraniano e discute programa nuclear
Um dia depois de Donald Trump ameaçar voltar a atacar o Irã, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, falou ao telefone com o líder iraniano para oferecer apoio e discutir o programa nuclear do país do Oriente Médio.
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A conversa ocorreu nesta terça-feira (30), de acordo com o Kremlin — na noite de segunda-feira (29), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que pode ordenar novos ataques contra o Irã caso haja indícios de que o país esteja reconstruindo o programa nuclear.
Mais cedo, o governo russo já havia pedido calma a ambos os lados e disse que era importante evitar uma escalada nas tensões entre EUA e Irã. Depois, segundo o Kremlin, Putin telefonou para o presidente iraniano, Masou Pezeshkian.
Os dois discutiram o programa nuclear iraniano, ainda de acordo com o governo russo, que não deu mais detalhes do telefonema.
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“Estou ouvindo que o Irã está tentando se reerguer, e, se estiver, teremos de derrubá-los de novo”, disse Trump a jornalistas ao receber o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, na Flórida. “Vamos atacar com força”, acrescentou.
Trump disse ainda que continua aberto à negociação de um acordo nuclear com o Irã. Segundo ele, essa opção seria “muito mais inteligente”.
Os Estados Unidos atacaram o Irã em junho, durante a chamada Guerra de 12 dias. O conflito começou após Israel lançar bombardeios para destruir a infraestrutura nuclear iraniana. Netanyahu afirmou à época que o programa de Teerã representava uma ameaça existencial a Israel.
Durante a guerra, forças americanas atingiram três instalações nucleares iranianas. Após a operação, Trump declarou que a ofensiva havia “obliterado completamente” o programa nuclear do Irã.
Dias depois, no entanto, um relatório preliminar do Pentágono, ao qual o jornal “The New York Times” teve acesso, indicou que os ataques americanos teriam apenas atrasado o programa nuclear iraniano por alguns meses.
O Irã admitiu que as instalações foram “gravemente danificadas”, mas não detalhou a extensão dos danos. Em novembro, o ministro das Relações Exteriores iraniano afirmou que o país não está mais enriquecendo urânio em nenhum local.
Trump já havia dito que novos bombardeios ocorreriam “sem dúvida nenhuma” caso o Irã continuasse enriquecendo urânio ou houvesse sinais da produção de uma bomba nuclear.
Israel, por sua vez, também não descarta novos ataques se o Irã retomar atividades nucleares.
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