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Após mais um ano sem acesso, Goiás deve ter 2026 ‘apertado’ na parte financeira

Após mais um ano sem acesso, Goiás deve ter 2026 ‘apertado’ na parte financeira

Prejuízo de milhões: o que o Goiás perde por ficar três anos na Série B
Mais do que a parte esportiva, o fato de o Goiás não ter conseguido o acesso para a Série A deve impactar significativamente no orçamento do clube para 2026. O time previa uma receita maior no próximo ano com a chegada à elite do futebol brasileiro – o que não ocorreu. Agora, a direção vai precisar rever as finanças e os gastos dessa temporada podem servir de alerta.
Segundo o balanço divulgado mensalmente pelo clube em seu site oficial, de janeiro a novembro (último mês com dados), em todos os meses o esmeraldino gastou mais dinheiro do que arrecadou.
Para se ter uma ideia, o custo com o futebol profissional, que inclui o pagamento do salário de jogadores e comissão técnica, foi de R$ 82 milhões, o que significa R$ 7,5 milhões por mês.
Após perde o acesso para o Remo, Goiás complicou sua situação financeira para 2026
Beatriz Reis/ge
– Todos os meses teve déficit. Teve um mês, especificamente em julho, que o déficit foi bem pequeno, foi coisa de R$ 123 mil. Mas nos demais, os déficits eram de R$ 3 milhões, R$ 4 milhões, R$ 6 milhões – explica Sucena Hummel, presidente do Conselho Regional de Contabilidade de Goiás (CRC-GO), que analisou os documentos a pedido do ge.
A direção do Goiás não fala abertamente sobre detalhes financeiros, alegando se tratar de um assunto “sigiloso”. Mas deixou escapar que no ano que vem o orçamento deve ficar na casa dos R$ 60 milhões. Valores que Cesar Grafietti, economista especialista em gestão e finanças do Esporte, acha muito altos.
Diretor-executivo do Goiás diz que a situação financeira do Goiás “preocupa” para 2026
Reprodução / TV Anhanguera
– O que o Goiás faz jogando a Série B é montar um time com características de Série A. Por isso o custo do clube é muito alto, ele é incompatível com a competição. Clubes de Série B deveriam gastar em torno R$ 40 mihões por ano, que deveria ser o máximo de receita que o clube comportaria – detalha.
Para tentar equilibrar essas contas, foi preciso a diretoria recorrer a um empréstimo bancário de R$ 25 milhões.
– (A situação) preocupa. O cenário de Série B, a receita muito baixa. Então é natural a gente ter essas adequações agora. Estávamos trabalhando sim com o cenário de Série A – pontua o diretor-executivo do clube, Leonardo Pacheco. geRead More