Brasil supera EUA e se torna maior produtor de carne bovina do mundo, diz departamento de agricultura americano
Carne bovina
Tiago Morheto via Pexels
O Brasil se tornou o maior produtor de carne bovina do mundo em 2025, superando os Estados Unidos, segundo dados do Departamento de Agricultura norte-americano (USDA).
Conforme relatório publicado na última terça-feira (9), o Brasil produziu 12,35 milhões de toneladas, enquanto os EUA obtiveram 11,81 milhões de toneladas, considerando o peso do animal morto. O documento não informa até qual mês foi feito o levantamento.
O documento apresenta dados desde 2021. Dentro deste período, o Brasil nunca superou os EUA.
Mas, em 2026, os dois países devem produzir praticamente a mesma quantidade de carne. O Brasil deverá fornecer 11,7 milhões de toneladas e os EUA, 11,71 milhões de toneladas.
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O número divulgado pelo governo dos EUA supera a projeção feita pelo brasileiro, que já superava o volume de 2024. A estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) foi de 11,38 milhões de toneladas.
O Brasil já é o maior exportador mundial do produto.
Em setembro, o país bateu recorde nas vendas internacionais para um único mês, superando a melhor marca anterior, registrada em julho deste ano, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
O resultado veio mesmo após os Estados Unidos aplicarem tarifas contra o Brasil em agosto. Segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), o aumento ocorreu porque os embarques se diversificaram, incluindo destinos como o México.
O tarifaço foi suspenso para carne, entre outros alimentos, em novembro.
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EUA com menos gado no pasto
Os estoques de gado dos EUA em janeiro caíram para o nível mais baixo em quase 75 anos, após os fazendeiros reduzirem seus rebanhos devido a uma seca de anos que queimou as terras de pastagem e aumentou os custos de alimentação.
O fornecimento ficou ainda mais restrito porque os EUA suspenderam, desde maio, a maioria das importações de gado mexicano em meio a preocupações com a disseminação para o norte da bicheira-do-Novo-Mundo, uma praga carnívora que infesta o gado.
A baixa oferta obrigou os frigoríficos a pagar mais pelo gado destinado à produção de hambúrgueres e bifes.
Na última sexta-feira (12), a JBS informou que vai fechar de forma permanente uma fábrica nos arredores de Los Angeles, responsável por preparar carne bovina para venda em supermercados dos Estados Unidos.
O frigorífico rival Tyson Foods também anunciou o fechamento, em janeiro, de uma importante fábrica de abate de gado em Nebraska, que emprega cerca de 3.200 pessoas.
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