Comercial pode perder Palma Travassos para início da A4 e Roberval critica

Comercial faz treino fechado, mas apresenta dupla para Série A4
O técnico Roberval Davino voltou a manifestar preocupação com a possibilidade de o Comercial jogar longe do Palma Travassos, mesmo com mando de campo, no início da Série A4.
É que, segundo o presidente Antônio Carlos Campanelli, em contato com o ge, o clube será obrigado a abrir mão do estádio já na segunda rodada da competição por conta de um evento de pré-carnaval. O clube tentará uma mudança de data, mas tem grandes chances de ter que mandar a partida em outro local.
Estádio Palma Travassos, do Comercial, em Ribeirão Preto
Fábio Júnior/Eptv
Davino citou dificuldades estruturais e logísticas, além do impacto direto que shows e eventos no Palma Travassos têm provocado no planejamento da equipe.
O treinador lembrou o confronto contra o XV de Piracicaba, pela Copa Paulista, como exemplo recente da interferência externa no calendário do clube.
– É um problema o futebol não ser prioridade. Há esse show, que é uma necessidade, mas quem administra poderia trabalhar com datas diferentes. Contra o XV, eu queria jogar à tarde, mas não dava por causa do show, então ficou para sexta à noite. Eu sabia que tínhamos mais condicionamento do que eles, e isso ficou provado no jogo de volta: mesmo com um jogador a menos, quase conseguimos a classificação.
Estádio Palma Travassos, casa do Comercial, em Ribeirão Preto
Fábio Marchiseli/CBN Ribeirão Preto
Treino e preparação
Davino também ressaltou que o Comercial ainda convive com limitações na rotina de treinos. A definição de um espaço na Fazenda Santa Maria ameniza parte da pressão, mas, segundo ele, está longe de resolver o problema estrutural.
– Futebol não se faz sem treino, ainda mais comigo, que gosto de trabalhar. Tínhamos um campinho bom em Jurucê, mas depois não pudemos usar mais. O Comercial pode viver de evento, mas não pode deixar de lado a prioridade do futebol.
O técnico ainda avaliou ainda o processo de montagem do elenco para a próxima temporada. Com a perda de 13 atletas e orçamento limitado, o clube precisou acelerar movimentos no mercado para não ficar atrás dos concorrentes.
– Foi bom demais, porque, para contratar jogadores com o salário que estamos oferecendo e depois de perder 13 atletas, é preciso sair na frente mesmo. Pelo que estou vendo, a Inter de Bebedouro está montando boas condições de trabalho, um CT. Hoje, um time que se diz profissional e não tem um CT fica em situação complicada.
Roberval Davino, técnico do Comercial
Bárbara Pires/Comercial FC
Mesmo com os desafios, o treinador acredita em uma campanha competitiva. Para ele, o acesso não virá apenas pelo peso da camisa, mas pela organização e pelo trabalho diário.
– A competição, de uma forma geral, acredito que será difícil. Não é só pela camisa que se chega. Temos condições de fazer uma boa campanha.
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