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Cruz Vermelha encerra missão de resgate no Mediterrâneo por falta de recursos

Cruz Vermelha encerra missão de resgate no Mediterrâneo por falta de recursos

A Cruz Vermelha anunciou que encerrará sua missão de resgate no Mediterrâneo Central após não conseguir garantir recursos financeiros para a continuidade das operações depois de 2025. A decisão foi divulgada pela Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (IFRC, da sigla em inglês) e põe fim a uma parceria de quatro anos com a organização SOS Mediterranee a bordo do navio de busca e salvamento Ocean Viking.

Em comunicado, a FICV informou que sua equipe não estará mais presente no navio, o que faz com que a SOS Mediterranee passe a responder sozinha pelos custos operacionais da embarcação. Segundo a organização, as restrições financeiras impossibilitaram a manutenção da missão, considerada essencial no apoio a pessoas em deslocamento.

O navio Ocean Viking (Foto: WikiCommons)

Resultados da missão no Mediterrâneo Central

Durante os quatro anos de atuação conjunta, as equipes da rede da FICV participaram do resgate de mais de 8,6 mil pessoas no Mediterrâneo Central, entre elas cerca de 2,2 mil crianças. Ao todo, foram realizadas 156 operações de resgate ao longo do período.

Além das ações de salvamento, os profissionais prestaram atendimento médico, primeiros socorros e apoio psicossocial. De acordo com a Cruz Vermelha, também foram distribuídas aproximadamente 96 mil refeições, realizadas 6,5 mil consultas médicas e entregues 3,2 mil mensagens de “bem-estar e segurança” a familiares das pessoas resgatadas.

Restrição financeira leva ao encerramento das atividades

A diretora regional adjunta da FICV para a Europa, Maria Alcazar Castilla, afirmou que as limitações orçamentárias impactaram diretamente uma operação voltada a salvar vidas. Ela destacou ainda a importância do apoio recebido por parceiros ao longo dos anos, seja por meio de financiamento, envio de profissionais ou atuação em defesa das pessoas migrantes.

Apesar do encerramento da missão marítima, a FICV informou que seguirá comprometida com pessoas em movimento, por meio de serviços humanitários prestados ao longo das rotas migratórias na Europa e em outras regiões, conforme destacado no comunicado oficial.

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