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Dois diretores do BC indicados por Bolsonaro deixam cargo no fim de 2025, quando acabam seus mandatos, confirma Galípolo

Dois diretores do BC indicados por Bolsonaro deixam cargo no fim de 2025, quando acabam seus mandatos, confirma Galípolo

 O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, confirmou nesta quinta-feira (18) que os diretores de Organização do Sistema Financeiro, Renato Gomes, e de Política Econômica, Diogo Guillen, deixam seus cargos no fim do ano — quando terminam seus mandatos.
Estes são os últimos integrantes da atual diretoria que foram indicados pelo ex-presidente da República, Jair Bolsonaro.
Com a autonomia do Banco Central, aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada em 2021, o presidente e os diretores da instituição são indicados pelo presidente da República para mandatos de quatro anos, não podendo ser substituídos antes do prazo.
A atual diretoria do Banco Central já conta com maioria de integrantes indicada pela atual gestão petista desde o início deste ano. Até então, as críticas às decisões sobre a taxa de juros por parte do presidente Lula, principalmente ao ex-chefe da instituição, Roberto Campos Neto, eram mais agressivas. Mas até hoje integrantes do governo criticam o Banco Central.
“A gente tentou mostrar que essa é uma instituição que tem uma fortaleza institucional, e que a forma como o Copom se comporta tem mais a ver com o arcabouço institucional [missão de perseguir as metas de inflação] do que com qualquer outra coisa”, disse Galípolo a jornalistas.
Menos diretores no próximo Copom
Depois da indicação do presidente Lula, os futuros nomes para a diretoria do BC ainda têm de ser sabatinados e aprovados pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal. O plenário da Casa também precisa dar seu aval.
Considerando que os futuros diretores ainda não foram indicados pelo presidente Lula, e que o Congresso estará de recesso no início de 2026, a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que fixa os juros básicos do país e que está marcada para o fim de janeiro, deverá contar com sete dos nove diretores do BC.
O presidente Gabriel Galípolo informou nesta quinta que os diretores Gilneu Vivan, de Regulação, e Paulo Picchetti, de Assuntos Internacionais, acumularão funções até que os novos diretores assumam os cargos.
Questionado por jornalistas, o presidente Gabriel Galípolo não quis fazer comentários sobre as indicações dos futuros diretores do Banco Central.
“Tenho por orientação não entrar na prerrogativa do presidente [Lula, responsável por indicar os nomes]. Perfil, quando, o presidente vai comunicar isso. Não cabe ao BC falar sobre prerrogativa do presidente. Mesmo que a gente participe [do debate], quem vai falar sobre isso é o presidente”, informou Galípolo.g1 > EconomiaRead More