Dólar opera em alta com dados de serviços no radar e discursos do Fed
Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
O dólar começou a sexta-feira (12) em leve alta, subindo 0,11% às 9h45 e alcançando R$ 5,4104. Já o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, abre às 10h.
Depois do “respiro” nos mercados provocado pela postura mais cautelosa do Banco Central, os investidores iniciam o dia atentos a dados econômicos locais e declarações de dirigentes nos Estados Unidos.
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▶️ Após o Copom manter a taxa básica e adotar tom mais conservador, o mercado brasileiro ganhou fôlego na véspera, com dólar em queda e Ibovespa em alta. Agora, as atenções se voltam para o volume de serviços e para os próximos passos da Selic.
▶️ O volume de serviços no Brasil também entra no radar. As estimativas apontam para uma alta modesta em outubro, perto de 0,3% frente a setembro, embora as projeções variem de uma pequena queda a um avanço um pouco mais robusto.
▶️ No exterior, três dirigentes do Federal Reserve falam hoje, em meio a um tom menos restritivo do banco central americano. Patrick Harker fala às 12h, Loretta Mester às 12h30 e Austan Goolsbee às 14h35 (horário de Brasília).
▶️ Em Wall Street, S&P 500 e Dow Jones fecharam ontem em níveis recordes após sinais mais moderados do Fed, enquanto o Nasdaq recuou diante da cautela com empresas de tecnologia após previsões da Oracle.
Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado:
💲Dólar
a
Acumulado da semana: -0,52%;
Acumulado do mês: +1,30%;
Acumulado do ano: -12,55%.
📈Ibovespa
C
Acumulado da semana: +1,15%;
Acumulado do mês: 0,07%;
Acumulado do ano: +32,34%.
Agenda econômica
Volume de serviços no Brasil
O volume de serviços no Brasil avançou 0,3% em outubro de 2025 na comparação com setembro, segundo o IBGE. O dado já considera o ajuste sazonal, mecanismo estatístico que corrige efeitos típicos de cada época do ano.
O resultado veio em linha com as projeções dos economistas e mostra que o setor completou nove meses consecutivos de crescimento, acumulando alta de 3,7%.
O nível de atividade está 20,1% acima do período pré-pandemia (fevereiro de 2020) e atinge o maior patamar da série histórica.
Na comparação com outubro de 2024, sem ajuste sazonal, houve avanço de 2,2%, 19º crescimento consecutivo.
No ano, o setor acumula alta de 2,8%, mesma taxa registrada no período de 12 meses, que perdeu força ante o resultado até setembro (3,1%).
O crescimento de 0,3% entre setembro e outubro foi registrado nas cinco atividades pesquisadas. O maior impacto veio do setor de transportes, que subiu 1,0% e acumulou 2,4% em três meses.
Também houve avanços em informação e comunicação (0,3%), que cresceu em ritmo menor que em setembro (1,2%); outros serviços (0,5%), acumulando 3,4% em quatro meses; além de serviços profissionais e administrativos (0,1%) e serviços prestados às famílias (0,1%), ambos recuperando queda do mês anterior.
A média móvel trimestral — indicador que suaviza oscilações mensais — subiu 0,4% no trimestre encerrado em outubro. Quatro dos cinco setores tiveram resultado positivo nesse período, com destaque para outros serviços (1,1%) e transportes (0,8%).
Informação e comunicação avançou 0,3%, enquanto serviços prestados às famílias cresceram 0,2%. Já o grupo de serviços profissionais, administrativos e complementares ficou estável.
Na comparação anual, o volume de serviços cresceu 2,2% frente a outubro de 2024, com quatro das cinco atividades em alta. Metade dos 166 tipos de serviços pesquisados teve expansão.
Bolsas globais
Em Wall Street, os mercados futuros começaram o dia com sinais mistos. O otimismo gerado pela decisão recente do Federal Reserve de reduzir juros e adotar um tom menos agressivo foi ofuscado por preocupações com o setor de tecnologia.
Antes da abertura, os futuros do Dow Jones subiam 0,17%, enquanto os do S&P 500 caíam 0,20% e os do Nasdaq recuavam 0,56%. Apesar da queda nos índices ligados à tecnologia, Wall Street caminha para fechar a semana com ganhos, após recordes registrados na véspera.
As bolsas europeias operam em alta, impulsionadas pelo bom humor vindo dos EUA. Além disso, investidores acompanham as tensões entre Rússia e Ucrânia, após alertas da OTAN sobre riscos de conflito e discussões na União Europeia sobre o uso de ativos russos congelados para financiar a Ucrânia.
Durante a manhã, o índice Stoxx 600 avançava 0,26%. Entre os principais mercados, o DAX da Alemanha subia 0,31%, o FTSE 100 do Reino Unido ganhava 0,26% e o CAC 40 da França tinha alta de 0,53%.
Já os mercados asiáticos fecharam em alta nesta sexta-feira, apoiados por sinais de que Pequim manterá políticas para estimular o crescimento em 2026.
Autoridades chinesas indicaram medidas fiscais e monetárias mais favoráveis, além de esforços para estabilizar o setor imobiliário — o que trouxe algum alívio aos investidores, apesar da semana negativa para os principais índices.
No fechamento, o Nikkei do Japão subiu 1,4%, a 50.836 pontos. Em Hong Kong, o Hang Seng avançou 1,75%, a 25.976 pontos, enquanto em Xangai o SSEC ganhou 0,41%, a 3.889 pontos, e o CSI300 subiu 0,63%, a 4.580 pontos.
Outros mercados também tiveram alta: Seul (+1,38%), Taiwan (+0,62%) e Cingapura (+1,36%).
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Jornal Nacional/ Reprodução
*Com informações da agência de notícias Reutersg1 > EconomiaRead More


