Dorival reconhece Corinthians mal em final, explica trocas e pondera: “Nem tudo está perdido”
Corinthians 0 x 0 Vasco | Melhores momentos | Final | Copa do Brasil 2025
O técnico Dorival Júnior reconheceu que o Corinthians não jogou bem na primeira final da Copa do Brasil. Nesta quarta-feira, o Timão empatou sem gols com o Vasco, na Neo Química Arena.
Em entrevista coletiva após a partida, Dorival reconheceu que a partida foi “muito feia de se ver” e admitiu problemas em seu time. Ainda assim, mostrou confiança na conquista do título no próximo domingo, no Maracanã.
– O Vasco foi bem, não tenha dúvidas disso. Nossa equipe sentiu muito o jogo hoje, tivemos muitas dificuldades desde o primeiro minuto. Não conseguimos encontrar espaços na nossa criação, jogo diferente da maioria dos jogos que fizemos. Difícil até explicar alguma coisa pela preparação que foi feita, mas tenho que reconhecer que sim, não tivemos condições de sairmos daquilo que foi preparado pelo Vasco. Foi o primeiro tempo de uma decisão. Nem tudo está perdido, vamos ter calma e equilíbrio, ainda teremos 90 minutos lá no Maracanã – analisou o técnico.
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Dorival Júnior, técnico do Corinthians, no duelo contra o Vasco pela Copa do Brasil
Marcos Ribolli
Dorival também explicou as escolhas na escalação e as alterações feitas durante a partida. Em relação à equipe que começou as duas semifinais contra o Cruzeiro, ele promoveu as entradas de Raniele e Garro nos lugares de Maycon e Carrillo.
Apesar do time mal na etapa inicial, o técnico não mexeu no intervalo. Ele esperou cinco minutos do segundo tempo para fazer as primeiras alterações.
– O Raniele sempre foi o titular da equipe. Não sei por que essa dúvida. O Maycon fez dois jogos seguidos de 90 minutos e, fatalmente, teria sentido muito correndo um risco grande de uma possível lesão se iniciasse a partida. Por que não se faz alterações as vezes no intervalo? Porque você tenta consertar sua equipe, mexendo as peças e os movimentos. Você volta e continua da mesma forma, aí sim você toma uma decisão. Não costumo mudar no intervalo por conta disso, diferente do que foi no jogo anterior quando cheguei determinado para fazer as mudanças. Geralmente, costumo reposicionar a equipe. Não acontecendo, aí sim tomo uma decisão – explicou Dorival.
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O comandante alvinegro também abordou a situação de Memphis Depay. Sacado aos 38 do segundo tempo para a entrada de Dieguinho, o holandês demonstrou insatisfação.
– Vamos lá: Memphis ficou dois dias no departamento médico. Sabia dessa informação? Então, está explicada a alteração. Segundo aspecto: trocamos o Raniele, o que diminuiu nossa altura nas bolas aéreas. Foi bem no momento em que o Vasco colocou o Vegetti e eu não poderia diminuir nossa altura até porque as bolas paradas já havia acontecido no lance anterior com o cabeceio na trave. Tínhamos que ter cuidados. Se eu diminuísse a altura, teríamos um problema maior – declarou.
– O Memphis foi substituído faltando dez minutos para o fim do jogo pensando num desgaste ainda maior dele em razão do desgaste. Tem hora que você precisa pensar um pouquinho na frente, se ele sofre uma lesão, não o teríamos no domingo. Ele terá 90 minutos para nos ajudar no domingo – completou.
Confira abaixo outros trechos da entrevista de Dorival Júnior:
Discussão com torcedor
– É muito simples: tenho o máximo respeito pelos torcedores e entendo toda e qualquer situação em qualquer momento e em qualquer circunstância. Agora, esse rapaz com frequência faz a mesma coisa tanto com os jogadores como com os membros da comissão técnica. Hoje, ele precisava ouvir de alguém uma resposta. Apenas isso. É o mesmo de sempre, que frequenta aquele setor ali há um bom tempo. Tem todo o direito de falar o que quiser, agora falar o que ele falou, ele vai ouvir porque ninguém tem sangue de barata.
Jogo pragmático
– Para mim, tem um pouco de tudo. São decisões que estamos trazendo, carregamos isso desde o Campeonato Brasileiro. Depois disso, passamos a ter dois jogos fundamentais com o Cruzeiro, jogos desgastantes ao extremo. Pouca ou quase nenhuma recuperação ,não conseguimos ir a campo para um treino mais solto e, de repente, esse jogo de hoje com muitas dificuldades para nós e para o Vasco. Acho que as duas equipes tiveram muita dificuldades ao longo da partida, jogo muito preso e, plasticamente, muito feio de se ver.
Como o empate impacta na estratégia para a segunda final?
– Nós imaginávamos o que poderíamos acontecer no jogo de hoje. O aspecto emocional foi no limite no domingo. O nosso desgaste foi um pouco diferente em razão daquilo que aconteceu dentro da partida. Imaginávamos o que poderia acontecer, tivemos o cuidado com todos. Tudo o que poderíamos fazer foi justamente para que evitássemos uma situação como essa, quando falta energia para desenvolver o seu melhor. Você precisa pensar o que vai fazer, alterações em sequência para que você dê um fôlego novo ou manter o que estava sendo feito. Por ser uma decisão, optamos dessa forma. Tentamos fazer de tudo para que completássemos a reação. Deu para ver que muitas deles ainda não estavam em sua total condição.
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Postura do Vasco
– Não é questão de mérito, eles adiantaram muito bem a marcação e conseguiram pressionar em alguns momentos. Tínhamos um corredor de saída e não aproveitamos. Estavámos com dificuldade na saída. Às vezes, os jogadores desmarcados não recebiam as bolas por conta das trocas morosas que fazíamos. Tudo foi dificultando e, com o passar do tempo, enervando as duas equipes. O Vasco, naturalmente, tendo um jogo mais equilibrado. O Corinthians tentando acelerar e não tendo a possibilidade. Nós mesmos dificultamos o que poderia ter sido um jogo mais movimentado e dinâmico em todos os sentidos.
Por que Yuri segue como titular?
– Por ele ser um artilheiro e termos confiança nele. O treinador não pode desistir com muita facilidade de um atleta, nosso papel não é esse, é um pouco diferente.
Gui Negão
– Sinto confiança, tanto é que fui eu quem lancei. Ninguém sabia quem era. Então, como eu não sinto confiança? Sinto confiança, só não entrou por circunstâncias. Vitinho e Dieguinho vêm vindo bem. Tudo é questão de momento, às vezes tenho que segurar mais o Memphis no meio para ter aproximação com o Memphis, o Dieguinho mais aberto. Tivemos dificuldades, estávamos presos em todos os sentidos, com pouca energia para poder atacar e jogar.
Por que o torcedor deve confiar?
– O torcedor já percebeu, dentro da Copa do Brasil, que ele tem motivos para acreditar nessa equipe. É só ele ver o que fizemos na Copa do Brasil. Eu confio muito, tudo pode acontecer. É uma decisão, está tudo aberto. Nem se saíssemos daqui com uma vitória, seria o contrário. Não tenho dúvidas de que será um jogo diferente no Maracanã com dificuldades tanto de um como do outro.
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