Filipe Luís prevê jogo disputado entre Flamengo e Cruz Azul: “Pensamos o futebol da mesma forma”
Voz do Setorista: Letícia Marques traz as informações sobre treino do Flamengo no Catar
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Filipe Luís começa, nesta quarta-feira, a busca pelo seu sexto título como técnico do Flamengo. Depois de conquistar Copa do Brasil, Supercopa, Carioca, Libertadores e Brasileirão, o comandante disputa a Copa Intercontinental, no Catar. A estreia é contra o Cruz Azul (México).
— Cruz Azul é um time muito competitivo e muito bem treinado. A liga mexicana é muito competitiva, disputada, com um poder financeiro muito grande. É uma equipe com bons jogadores, com muita qualidade, fisicamente muito forte. Defendem de uma forma muito agressiva, pressionam muito e tentam sempre ser protagonistas do jogo. Um time que tenta roubar a bola e atacar o máximo possível. Pensamos o futebol da mesma forma, tentamos sempre pressionar e controlar o jogo, então vai ser uma partida muito disputada — analisou o técnico na véspera do jogo.
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Filipe Luís em treino do Flamengo no Catar
Flamengo
Outras declarações de Filipe Luís:
Jogador do Cruz Azul que pode ser mais perigoso
— Claro que eu analiso a parte individual, mas tento analisar muito mais estruturas. Para mim, o diferencial do Cruz Azul está no meio-campo. São meias com muita qualidade e mobilidade, que se oferecem a todo momento para poder jogar. Faravelli é um jogador determinante.
Logística
— A logística foi muito bem preparada. Tivemos a oportunidade de viajar um dia antes do que deveríamos ter viajado, porque antecipamos o título brasileiro. Conseguimos nos adaptar, treinar e descansar aqui com um fuso horário muito diferente do Brasil. Acredito que o time chega em perfeitas condições físicas para disputar esse jogo. Os jogadores não me demonstram nenhum cansaço físico e, mentalmente, mais leves do que nunca depois de terem conquistado os dois títulos mais importantes do futebol sul-americano.
Como manter a mentalidade vencedora depois de chegar no auge? É natural o ser humano dar uma relaxada…
— O ser humano pode relaxar depois de alcançar um objetivo. É um grupo feito de multicampeões, e a única coisa que sinto é que eles querem mais. Essa era minha principal preocupação, mas o que vejo é muita ambição nos treinos, muita fome e seriedade. Não só espero que seja assim no Mundial, como espero que seja assim no ano que vem, porque, no final das contas, jogadores multicampeões continuam conquistando porque não perdem a fome de títulos. Por isso são jogadores tão grandes e com tanta história no futebol, não se acomodam depois de conquistar um título.
Filipe Luís em entrevista coletiva do Flamengo no Catar
Luciano Mello
Nicolás Larcamón, técnico do Cruz Azul
— Quando vejo o Cruz Azul jogar, vejo muito clara a ideia do treinador. Isso demonstra que é uma equipe muito bem trabalhada, com identidade, que tem clara a fase defensiva e como pressionar. Um time que persegue muito, tem muita força, compraram muito bem a ideia do treinador, de como pressionar quem está com a bola. Com a bola, também tem muito clara a ideia de jogo, como se oferecem, a mobilidade que têm os meio-campistas. Tenho alguns amigos em comum (com Larcamón), no futebol todos se conhecem, e me falaram muito bem dele, é um treinador importante na liga mexicana, por isso seu time é tão sólido e chegou onde chegou.
Estilo de jogo do Cruz Azul
— O Cruz Azul é um time com as ideias claras, que pressiona muito, tem força física nos duelos individuais, perseguições e que quer ser protagonista do jogo. Quer propor e é muito difícil tirar a posse deles, porque é uma equipe que costuma dominar os adversários quase sempre. É similar um pouco à forma de defender do Bragantino do Mancini e do Atlético-MG do Cuca. Para jogar, várias equipes jogam com essa estrutura, mas a individualidade dos jogadores faz com que seja uma equipe única, porque tem meio-campistas com muita qualidade e mobilidade, que se oferecem a todo momento para poder jogar, o que faz ser um time muito difícil de ser pressionado.
DNA do Atlético de Madrid com Saúl e Lino…
— Pegamos o DNA do Atlético, porque ficamos muito tempo lá, sobretudo Saúl e eu. Já disse muitas vezes da importância do Simeone na minha vida, um dos motivos por eu estar sentado aqui hoje é porque ele me inspirou, eu o admiro muito. Mas o Flamengo é um clube diferente, com uma história diferente e conseguimos, neste ano, grandes conquistas e fazer história nesse clube. É muito difícil conquistar na América do Sul e estamos muito orgulhosos.
Quando virou a chave para o Intercontinental e como está se blindando com relação à renovação?
— A virada de chave é rápida a partir do momento em que se começa a estudar o adversário, porque sabemos todos da cobrança e a exigência que existem no Flamengo, interna e externamente. A importância dessa competição para o futebol sul-americano nos dá também a possibilidade de continuar fazendo história, por isso queremos chegar o mais longe possível. Também nos dá muita confiança de ter conseguido os melhores números do campeonato mais difícil do mundo, que é o Brasileiro, com tantos jogos e dificuldades no ano, e minha equipe fez um campeonato maravilhoso, que me deixa muito orgulhoso. Sobre a renovação, para mim a prioridade é o jogo que vem pela frente, é o que estamos disputando. Tudo que é pessoal fica secundário.
Recepção no Catar e expectativa pela estreia, sendo que o Botafogo saiu na primeira fase no ano passado
— Nossa recepção aqui foi muito boa. Sempre fui muito bem recebido nos países árabes. As instalações e o campo são maravilhosos, o hotel muito bom, então estamos bem servidos. Ano passado quem jogou contra o Pachuca foi o Botafogo, mas são momentos e circunstâncias diferentes, equipes diferentes. O Cruz Azul é muito diferente do que era o Pachuca ano passado, portanto vai ser uma disputa intensa, porque as duas equipes têm qualidade para dominar. Chegamos muito bem, tanto fisica quanto mentalmente, e vamos desfrutar o máximo desse torneio, que é um sonho para todo mundo.
O fato de poder ser eliminado em um único jogo influencia?
— Foi para a gente assim o ano inteiro. Aliás, os dois times que passamos na Libertadores (Estudiantes e Racing) são os finalistas do Campeonato Argentino. Foi muito difícil conseguir o que conseguimos. Dentro do Brasileiro foram muitos mata-matas, com jogos que se perdêssemos o adversário poderia disparar, ou tendo que ganhar para ficar na ponta. Nosso time está acostumado a disputar jogos decisivos desde o Carioca, em que teve oito clássicos. Os jogadores convivem bem com esse tipo de pressão e, nesses jogos, os jogadores grandes aparecem.
Pedro pode jogar se o Flamengo for até à final?
— Tem, por isso que ele está aqui, porque acreditamos que ele vai se recuperar. É o nosso atacante, precisamos dele, e tomara que possamos tê-lo no campo novamente.
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