Kayzer avalia primeiro ano no Vitória, pede 2026 mais tranquilo e coloca o Brasileiro como prioridade

Renato Kayzer conta bastidores de campanha de salvação do Vitória
Renato Kayzer viveu grandes emoções na primeira temporada com a camisa do Vitória. O atacante teve um início arrasador, com três gols nos dois primeiros jogos, mas encarou jejum e só retomou o posto no time titular nas últimas rodadas. Tudo isso com o Rubro-Negro na luta contra o rebaixamento até a última rodada. Para 2026, o jogador de 29 anos espera um ano mais tranquilo.
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Em entrevista ao ge e ao Globo Esporte BA, Kayzer comparou a tensão de viver a luta contra o rebaixamento com o Vitória com a disputa do título da Copa Sul-Americana pelo Athletico, em 2021.
– Disputei uma final de campeonato internacional, e passei nesse ano por um momento difícil, brigando por rebaixamento. Quando você disputa a final, já tem credibilidade para estar ali. Tem a tensão de ser campeão, mas isso é consequência, dentro de campo são detalhes. Mas jogar contra um rebaixamento é colocar muita coisa em risco, muitos empregos e funcionários que dependem do clube. Tinha muito mais que um título em risco – avalia.
Renato Kayzer em entrevista ao ge e ao Globo Esporte BA
TV Bahia
– A tensão vai muito acima do normal, não só para nós jogadores, mas para os funcionários e torcedores. Foi decidido no último terço do jogo, ficou mais emocionante que o normal. Mas, graças a Deus, deu tudo certo. Disputar um jogo de sobrevivência é mais tenso, mais difícil – completou
Apesar da temporada de luta contra o rebaixamento e sem títulos para o Vitória, Renato Kayzer vê um saldo positivo para 2026. O atacante lembrou a arrancada do time, que fechou os dez últimos jogos com a sexta melhor campanha do Campeonato Brasileiro.
– O Vitória tinha alguns objetivos durante o ano. Infelizmente não pude estar em campo para ajudar na Sul-Americana. Infelizmente a gente não foi tão bem, como nós queríamos. Mas o objetivo de permanência era o mais alto e difícil. É uma competição muito disputada. Graças a Deus deu certo, e tivemos um bom final de campeonato. Nas últimas dez partidas acho que estávamos no G-10, entre os primeiros. Conseguimos ficar na Série A, isso dá prestígio e credibilidade para o clube fazer um grande ano em 2026 – opina o atacante.
Kayzer comemora gol em Vitória 2 x 1 Bahia
Jhony Pinho/AGIF
Em 2026, o Vitória vai disputar quatro competições, uma a menos que neste ano. Sem a Copa Sul-Americana, o calendário rubro-negro deve ficar menos cansativo e apertado. Para Kayzer, que tem contrato até março de 2027, o time tem uma oportunidade para fazer uma temporada com menos sustos.
As mudanças no calendário também fizeram com que o Leão fosse o único clube da Série A que vai disputar o Nordestão, já que o outro nordestino da elite, o Bahia, se classificou para uma competição continental. Mesmo assim, Kayzer acredita que a prioridade do Vitória deve ser o Campeonato Brasileiro.
– Não acredito que [a Copa do Nordeste] seja o principal objetivo do Vitória. Claro que quando o Vitória entra em competições no Nordeste, tem que ser protagonista e chegar nas finais, pela camisa e pela instituição. Mas acho que o principal objetivo do clube é focar no Brasileiro, a gente sabe que o sarrafo está ficando mais alto. Temos que focar bem no Brasileiro para fazer uma competição mais tranquila e, no final do ano, ser coroado com uma colocação melhor e uma classificação para competição internacional, que seria bem importante para o clube também.
Altos e baixos
Baralhas e Renato Kayzer em Sport x Vitória
Marlon Costa/AGIF
Renato Kayzer terminou a temporada com 12 gols marcados, três pelo Fortaleza e nove pelo Vitória. O camisa 79 teve momentos de brilho, como a estreia contra o Vasco, ao anotar os dois gols do time, mas também de jejuns. Ele marcou apenas quatro gols no segundo turno do Brasileirão: um contra o Bahia e três diante dos rebaixados Juventude e Sport.
O centroavante avaliou seu ano como positivo, mas também considerou que teve problemas na pré-temporada que prejudicaram todo o restante da campanha.
– Graças a Deus eu fiz um bom ano. No começo eu não estava jogando tanto, mas foi um bom ano. Para mim, vai ser melhor ainda no ano que vem, vou me preparar melhor. Tive uma pré-temporada não tão boa, isso prejudica. Se Deus quiser vai dar certo. A temporada aqui foi ótima. Espero que façamos um grande ano.
Renato Kayzer se emociona com vitória: “Futebol mudou a minha vida”
Depois da chegada de Jair Ventura, Kayzer manteve a titularidade na maior parte dos jogos, mas chegou a perder o posto para Renzo López e começar quatro partidas no banco de reservas .
– Normal, sou um atleta profissional. Tem momentos no ano que a gente não está bem, somos seres humanos. Às vezes o emocional acaba abalando, mas as coisas são assim no futebol. Temos que continuar trabalhando da melhor maneira possível para poder ajudar e estar bem. Minha relação com ele [Renzo López] é boa, a gente sempre está conversando no dia a dia. Quem for acionado para jogar vai dar o melhor para ajudar o Vitória sempre.
Kayzer também elogiou o trabalho de Jair Ventura, que teve o contrato renovado na última quarta-feira.
– Minha relação com o Jair é ótima. Ele sabe ter o grupo com ele fácil. Conseguiu se adaptar rápido aos jogadores, clube e funcionários. Muito comunicativo, está sempre conversando com a gente no dia a dia. Comigo, independente de estar jogando ou não, quero estar ajudando da melhor maneira possível. Se Deus quiser vamos fazer um grande ano.
Planos e amizade com Léo Santana
Renato Kayzer em entrevista ao ge e ao Globo Esporte BA
TV Bahia
Depois de oito meses intensos no Vitória, o atacante vai ter tempo para curtir Salvador. Kayzer revelou que a única vez que planejou programa para conhecer a capital baiana foi em ida a show de Léo Santana, em novembro. O problema é que o evento terminou cancelado por causa de fortes chuvas.
Azar no show, sorte na amizade. Kayzer e Léo Santana são amigos desde que o atacante estreou pelo Leão, em maio.
“Curto todo tipo de música, o Léo é um fenômeno da música baiana”.
– Marinho era amigo dele, e comentou que ele morava perto de mim, coincidência. A gente se conheceu na minha estreia, ele estava assistindo ao jogo no clube [do condomínio]. Minha família não tinha ido para o estádio nesse dia. Acabei conhecendo ele quando fui buscar minha família no clube. Minha filha é muito amiga da filha dele, vivem juntas.
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