Melhor no confronto, Corinthians vive noite de recuperação pela vaga
Hugo Souza foi o substituto do ídolo Cássio na meta do Corinthians. Quis o destino que os dois estivessem frente a frente em uma disputa de pênaltis que valeu vaga na final da Copa do Brasil 2025. E o novo goleiro idolatrado da Fiel Torcida foi mais decisivo. Pegou as batidas de Gabigol e Walace na emocionante batalha que pôs os paulistas na oitava final de Copa do Brasil de sua história.
Se os quatro tempos do confronto forem somados, o Corinthians esteve nitidamente melhor que o Cruzeiro. Dominou o jogo, venceu e levou mais perigo na vitória obtida em Belo Horizonte. E na noite deste domingo, em Itaquera, superou uma 1ª etapa ruim. Mesmo levando um gol aos quatro minutos do 2º tempo, foi bastante produtivo com as entradas de Garro e Raniele, além da mudança tática feita.
Escalações
Dorival Junior repetiu a equipe que bateu o Cruzeiro no Mineiro esta semana. Garro ficou no banco mais uma vez. Já Leonardo Jardim fez três mexidas, duas delas por obrigação. Villalba e Lucas Romero foram desfalques. Jonathan Jesus e Matheus Henrique foram os substitutos. No ataque, Arroyo foi para o banco e Sinisterra compôs o lado esquerdo.
Como Corinthians e Cruzeiro iniciaram o segundo jogo da semifinal da Copa do Brasil 2025
Rodrigo Coutinho
O jogo
A necessidade de anular a vantagem conseguida pelo Corinthians em Minas Gerais foi colocada em prática de forma positiva pelo Cruzeiro, que mostrou mais tranquilidade e organização ao ter a bola em relação ao primeiro jogo. É verdade que este cenário demorou um pouco a aparecer em virtude da temperatura quente da partida e da concentração defensiva de parte a parte, mas se revelou.
A presença de Matheus Henrique foi benéfica aos visitantes. Lucas Romero fez grande temporada. Entrega liderança, intensidade, mobilidade e marcação forte. Mas o camisa 8 tem mais qualidade para achar passes, sair de pressões e organizar a equipe desde a primeira linha de construção. Foi isso o que ele fez, recebeu constantemente a bola entre os zagueiros e conectou os setores do time.
Lucas Silva foi o maior beneficiado. Se postou logo à frente do trio que iniciava as jogadas, recebeu bons passes e também distribuiu o jogo com competência. José Martinez tentava pressioná-lo, mas acabava não encaixando o combate no tempo correto e deixando lacunas na frente da área. Matheus Pereira as aproveitou. Circulou com inteligência, carimbou a bola com sua qualidade e visão de jogo.
William e Kaiki se projetaram bem abertos no campo de ataque. Christian e Sinisterra se postavam entre zagueiros e laterais do Corinthians, faziam movimentos em diagonal, de ataque à profundidade, quando os laterais recebiam a bola. Eram alvos de passes ou liberavam espaços para Matheus Pereira e Kaio Jorge receberem na zona de finalização. Chances foram criadas desta forma.
Corinthians x Cruzeiro
Marcos Ribolli
Hugo Souza impediu um gol de meia-bicicleta de Matheus Pereira em contragolpe puxado por Kaio Jorge pela esquerda. Gustavo Henrique fez milagre para bloquear Sinisterra na sequência. O ponta colombiano sentiu uma lesão e foi substituído por Arroyo aos 30 minutos. O equatoriano precisaria de pouco tempo em campo para pôr o Cruzeiro na frente no placar.
Aproveitou a ótima trama envolvedo Matheus Henrique, William e Christian, e se antecipou a Matheuzinho para marcar de cabeça aos 39′. O gol coroou o momento de maior pressão da Raposa, que já havia criado outra jogada finalizada por Kaio Jorge e ainda assustou na tentativa de marcar o segundo em dividida de Christian com Matheus Bidu dentro da pequena área.
O Corinthians tinha agressividade para marcar, mas não a mesma organização de Belo Horizonte. Teve pouca participação da dupla de ataque para compactar o time em fase defensiva. Problemas de posicionamento para defender a frente da área e lidar com as interações que o Cruzeiro fazia pelos flancos. Com a bola, se precipitou ao verticalizar passes antes da hora. Foi ansioso para produzir algo.
Desta forma conectou pouco suas peças ofensivas e só finalizou uma vez contra a meta de Cássio em 47 minutos de 1ª etapa. Breno Bidon esteve abaixo. Yuri Alberto encontrou problemas para ganhar duelos contra Jonathan Jesus. Carrillo foi outro extremamente bem marcado por Kaiki. Matheuzinho e Matheus Bidu acrescentaram pouco no campo rival.
Arroyo festeja gol do Cruzeiro em Itaquera
Marcos Ribolli
Dorival Junior tirou Carrillo e José Martinez no intervalo. Rodrigo Garro e Raniele entraram. O time paulista passou ao 4-3-1-2, reviveu o losango no meio-campo. Raniele foi o volante mais recuado, Garro o meia mais próximo da dupla de frente. Bidon o apoiador pela direita, Maycon pela esquerda. A posse de bola aumentou, havia mais qualidade de articulação e a marcação subiu.
Com mais espaço para correr nas costas da defesa do Corinthians, Kaio Jorge teve a situação que mais lhe apetece. O Cruzeiro saiu bem de uma pressão alta do Timão e o centroavante recebeu de Lucas Silva em profundidade, após escorar o primeiro passe longo de William, saiu de frente com Hugo Souza e só rolou para Arroyo marcar o segundo.
O resultado que dava a classificação direta para o Cruzeiro não pôde ser visto por muito tempo. O Corinthians foi em busca do gol e cinco minutos depois conseguiu diminuir o placar. Garro cobrou uma falta na segunda trave, André Ramalho escorou de cabeça, Cássio não afastou e Matheus Bidu marcou de peixinho. O jogo mudou completamente!
Matheus Bidu comemora gol marcado na Neo Química Arena
Marcos Ribolli
O duelo ficou muito aberto e a Fiel Torcida se inflamou novamente. Garro fez com que a bola andasse com maior frequência e achou destinos mais precisos perto da área. A pressão corintiana foi se intensificando a cada minuto e o empate chegou muito perto de ser alcançado. Cássio pegou dois ótimos chutes de Memphis Depay e Garro da entrada da área.
Matheus Bidu e Breno Bidon acertaram a trave. O lateral fez um grande 2º tempo! O Cruzeiro nitidamente sentiu o momento. Não conseguia mais reter a bola, sair das pressões do Corinthians em sua iniciação de jogadas e nem encaixar a marcação.
Por mais que o volume de finalizações paulistanas tenha caído com o tempo, e o natural conservadorismo das equipes nos minutos finais de um jogo prestes a ir para pênaltis tenha vindo, o Timão manteve-se superior e presente no ataque. Os treinadores só voltaram a mexer depois dos 40′. Vitinho substituiu Maycon num claro movimento ofensivo de Dorival.
Gustavo Henrique e Cássio disputam bola em Corinthians x Cruzeiro
Marcos Ribolli
No Cruzeiro, Eduardo entrou no lugar de Christian. Gabigol também foi utilizado já nos acréscimos. Foi a campo junto com Walace e Wanderson. Trocas para as cobranças de pênalti. Matheus Henrique, Kaio Jorge e Arroyo saíram. Não funcionariam!
Cássio começou a disputa por pênaltis brilhando! Pegou a batida de Yuri Alberto, mas não chegou perto de deter os precisos Memphis Depay, Garro, Vitinho, Gustavo Henrique e Breno Bidon. O Cruzeiro ia bem nas batidas até a última da série de cinco. Matheus Pereira, Wanderson, William e Lucas Silva converteram.
A bola decisiva esteve nos pés de Gabigol, que tentou deslocar Hugo Souza a sua maneira e foi parado pelo camisa 1. Na sequência, Hugo pegou a batida de Walace na série única alternada e o grito de emoção pela classificação foi solto com a ótima cobrança de Breno Bidon. geRead More


