Mundial de Clubes no Pacaembu tem capacidade inferior ao padrão e questões de infraestrutura
Osasco 3 x 0 Paulistano Barueri | Melhores Momentos | Superliga Feminina de Vôlei 2025/26
Escolhido para sediar o Campeonato Mundial de Clubes de vôlei, o ginásio da Arena Mercado Livre Pacaembu tem estrutura inferior ao padrão de outras edições da competição. Um dos principais pontos é a capacidade, já que as arquibancadas comportam pouco mais de 2 mil pessoas, enquanto os torneios anteriores receberam públicos quatros vezes maiores.
Os dez degraus das arquibancadas que rodeiam o ginásio da capital paulista são de cimento e não têm assentos, com exceção da área VIP e do setor de imprensa. Nesses locais, a organização improvisou ao colocar cadeiras almofadadas para diferenciar os espaços.
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Capacidade dos ginásios das edições anteriores
Yellow Dragon Sports Center (Hangzhou – 2024) – capacidade de 8 mil pessoas
Huanglong Gymnasium (Hangzhou – 2023) – capacidade de 8 mil pessoas
Antalya Sports Hall (Turquia – 2022) – capacidade de 10 mil pessoas
Ankara Arena (Turquia – 2021) – capacidade de 10,4 mil pessoas
Campeonato Mundial de Clubes feminino é realizado no ginásio da Arena Mercado Livre Pacaembu
Beatriz Cesarini
Os sortudos são aqueles que compraram os ingressos (R$ 120 a R$ 500), já que todo o público consegue facilmente ter um momento de aproximação com as atletas, como disse a capitã da seleção brasileira Gabi Guimarães. Os torcedores que ficaram de fora tentaram comprar entradas por redes sociais ou com cambistas que circularam os arredores do estádio, mas era difícil encontrar.
– Apesar de ser um ginásio pequeno, a gente consegue sentir o calor da torcida, nós podemos até ouvir o que as pessoas falam o tempo inteiro – comentou a ponteira do Conegliano, equipe italiana que disputa o Mundial de Clubes.
Outra questão envolvendo a estrutura do Pacaembu é o calor, já que o ginásio, embora recém-reformado, não tem ar condicionado. Para amenizar o efeito das altas temperaturas do mês de dezembro, a organização espalhou climatizadores portáteis.
Torcedores na grade que separa quadra da arquibancada no ginásio do Pacaembu durante Mundial de Clubes de vôlei
Deco Pires/Fotojump
Afinal, por que uma competição de tamanha magnitude como o Mundial de Clubes ocorre no Pacaembu? A resposta tem algumas explicações e tudo começa com a China, que sediou o torneio nos últimos dois anos, mas desistiu de ser anfitriã novamente.
Com a desistência do país asiático, o técnico do Osasco, Luizomar de Moura, colocou a Federação Internacional de Voleibol (FIVB) em contato com a secretaria municipal de esportes de São Paulo e, então, a competição foi viabilizada. O problema foi encontrar a arena ideal.
– Como eles nos procuraram já no final de outubro, nós já tínhamos no nosso radar que teríamos dificuldade para conseguir um espaço. Indicamos os ginásio do Ibirapuera, Corinthians, no Tatuapé, e o Mercado Livre Arena Pacaembu. A Federação Internacional de Vôlei verificou que o Ibirapuera já tinha um evento internacional de skate, não tinha as datas disponíveis. O ginásio do Tatuapé estava envolvido nas finais das modalidades de alto rendimento do clube – esclareceu Rogério Lins, secretário municipal de esportes e lazer
Área VIP do ginásio do Pacaembu durante o Mundial de Clubes de Vôlei tem cadeiras nas arquibancadas
Beatriz Cesarini
A FIVB, então, optou pelo Pacaembu, mas fez exigencias técnicas que o ginásio se enquadrar como sede do Mundial. O retorno da competição à capital paulista após 11 anos motivou a cidade a trazer o evento em nova oportunidade, mas com a certeza de que será em outra arena.
– A gente já está planejando manter o Mundial aqui na cidade de São Paulo no ano que vem. E aí com mais tempo de organizar um espaço maior para acolher esse grande evento com as principais jogadoras de voleibol do mundo – acrescentou Rogério Lins. geRead More


