Palmeirense de 91 anos realiza desejo no Allianz e ainda sonha em conhecer Abel
Antônia subindo para o campo do estádio do Palmeiras
O ano de 2025 foi especial para a aposentada Antônia Miguel Versoza, de 91 anos. Palmeirense desde a infância, ela realizou um sonho cultivado por décadas: assistir a um jogo do Verdão no estádio. A experiência só foi possível graças aos netos João Victor e Débora Versoza, que organizaram a viagem.
Antônia saiu de Campo Grande (sua cidade natal) de ônibus acompanhada da torcida e participou de um tour pelo Allianz Parque, onde conheceu o campo, a sala de imprensa, vestiário e as arquibancadas. O jogo escolhido foi o empate em 0 a 0 entre Palmeiras e Fluminense, pelo Campeonato Brasileiro.
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Antônia e a família no Allianz Parque
Acervo Pessoal
O placar, porém, ficou em segundo plano. Para dona Antônia, o mais importante foi viver uma experiência aguardada a vida inteira. A família chegou a organizar uma campanha de arrecadação entre parentes e amigos para viabilizar a viagem, com apoio da torcida organizada responsável pelo transporte.
– Foi muita felicidade ver o Palmeiras pessoalmente – resumiu a torcedora.
A expectativa agora é repetir o momento em 2026 e levá-la a outros jogos. Para os netos, a realização do sonho da avó reforça a ideia de que nunca é tarde para viver algo especial.
A ideia de levar dona Antônia ao Allianz Parque surgiu de forma simples, pelas redes sociais. Segundo Débora Versoza, tudo começou após um post visto pelo irmão.
– Foi através de um post no Instagram que meu irmão João Victor viu a oportunidade. Ele me mandou e ali tivemos a ideia de levá-la – contou.
A partir disso, a família passou a se mobilizar para viabilizar a viagem. Para garantir conforto e segurança à avó de 91 anos, foi organizada uma arrecadação entre familiares e amigos.
– Fizemos uma vaquinha entre os familiares e amigos para poder levar ela. Comunicamos o pessoal da Santa Rota, que se prontificou e deixou ela na primeira fileira do ônibus, com todo cuidado e carinho. A eles, só gratidão – destacou Débora.
João Victor lembrou que a reação da avó foi imediata quando soube que o sonho sairia do papel.
– Ela ficou muito feliz e ansiosa – relatou.
Antônia no vestiário do Palmeiras
Acervo Pessoal
O desejo de ver o Palmeiras no estádio sempre esteve presente na vida de Antônia, mas nunca havia sido possível realizá-lo.
“Ela tem 91 anos e esse desejo sempre existiu, mas nunca foi possível. Quando surgiu a oportunidade, nós levamos. É um sonho desde sempre”, explicou João Victor.
Para Débora, a experiência vai além do futebol e carrega um significado maior para a família.
“A ideia de realizar um sonho dela de ir ao estádio do Palmeiras e ver o jogo ao vivo mostra que, para nós, é possível em qualquer idade realizar um sonho. Por ela, nós fazemos tudo. É um sentimento de alegria”, afirmou.
João Victor também destacou a relação respeitosa da família com o clube, mesmo entre torcedores de outros times.
“A relação dela com o Palmeiras sempre foi de amor e respeito. A maioria dos familiares não é palmeirense. Os palmeirenses são ela e o segundo filho, que é fanático, além da Solange, terceira filha e mãe dos netos que levaram ela. Mas o amor e o respeito pelo Palmeiras sempre foram algo incrível de se destacar”, contou.
Mesmo com a experiência completa no Allianz Parque, um desejo ficou pendente.
– Ela queria ter tirado uma foto com o Abel, mas não foi possível – revelou Débora.
Empate com Flu deixou Palmeiras mais longe do título
Paixão antiga
A relação de Antônia com o Palmeiras começou ainda jovem, nas arquibancadas do antigo Estádio Belmar Fidalgo, em Campo Grande, hoje transformado em praça. A escolha pelo clube surgiu de forma curiosa, marcada pela rivalidade familiar.
“Eu estava em um jogo quando um senhor me perguntou para quem eu torcia, se era Corinthians ou Palmeiras. Escolhi o Palmeiras porque meu irmão era corintiano e muito chato com isso. A partir dali, a paixão só aumentou”, contou.
Entre os maiores ídolos, Antônia cita o lendário Ademir da Guia e o zagueiro Gustavo Gómez, do atual elenco. Mesmo tendo acompanhado as três conquistas da Libertadores e diversos títulos nacionais, uma lembrança especial envolve o Torneio Ramón de Carranza, competição internacional que o Palmeiras venceu três vezes, em 1969, 1974 e 1975.
Para as novas gerações de torcedores, o recado é simples e direto:
– Que eles continuem torcendo firme para o nosso Palmeiras – finalizou.
Palmeirense apaixonada, dona Antônia passou a vida acompanhando o clube pelo rádio e pela televisão, vibrando, sofrendo e comemorando cada conquista. Aos 91 anos, enfim, ela pôde sentir de perto a energia da torcida e transformar um sonho antigo em realidade.
Ademir da Guia, ídolo do Palmeiras
Marcos Ribolli
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