Trump renomeia Instituto da Paz dos EUA em homenagem a si mesmo
Placa com nome do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é fixada na frente do nome do Instituto da Paz dos EUA em Washington D.C. em 3 de dezembro de 2025.
REUTERS/Kevin Lamarque
O nome do presidente Donald Trump foi acrescentado à placa do lado de fora do Instituto de Paz dos Estados Unidos, em Washington, D.C., onde ele deve receber, nesta quinta-feira (4), os presidentes de Ruanda e da República Democrática do Congo para a assinatura de um acordo de paz mediado pelos EUA.
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O Instituto de Paz dos Estados Unidos é uma instituição independente, apartidária, sem fins lucrativos e financiada pelo Congresso americano, que tem como objetivo apoiar o Poder Executivo na resolução de conflitos violentos no exterior.
A medida ocorre após uma tentativa de tomada de controle do Instituto de Paz pelo governo Trump no início deste ano, quando demitiu funcionários e instalou sua própria liderança. Um juiz federal declarou que as ações tomadas foram ilegais e as chamou de uma “tomada grosseira de poder”. A organização vem operando em compasso de espera desde então.
Ao ser questionada sobre a decisão de estampar o nome do presidente no prédio, a porta-voz da Casa Branca, Anna Kelly, sugeriu que o Instituto de Paz dos Estados Unidos havia sido renomeado em homenagem ao presidente.
“Agora, o Instituto de Paz Donald J. Trump, que é lindamente e apropriadamente nomeado em homenagem a um presidente que encerrou oito guerras em menos de um ano, servirá como um poderoso lembrete do que uma liderança forte pode realizar pela estabilidade global. Parabéns, mundo!”, disse ela.
A afirmação de que Trump encerrou oito guerras neste ano é amplamente contestada. Ainda há muito trabalho a ser feito antes que a maioria dos conflitos que o presidente alega ter encerrado, incluindo o conflito entre Israel e Hamas, possa, de fato, ser considerada resolvida.
O grupo rebelde M23, apoiado por Ruanda, realizou um avanço relâmpago no leste do Congo neste ano, tomando as duas maiores cidades da região e levantando temores de uma guerra mais ampla.
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