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Área política do governo tenta emplacar reajuste linear de 5% para servidores

A ala política do governo voltou a defender junto ao presidente Jair Bolsonaro que o governo amplie os recursos para reajuste de servidores federais ainda em 2022. Desta vez, a tentativa é emplacar 5% de reajuste para todo o funcionalismo da União.
Em dezembro, a Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso Nacional aprovou a proposta de Orçamento da União para 2022 com uma reserva de R$ 1,7 bilhão para reajuste de servidores, que inicialmente, iriam apenas para servidores da área de segurança. No entanto, após forte reação de outras carreiras, prometendo paralizações, o governo recuou.
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A área econômica propôs então utilizar o montante para dar um acréscimo aos servidores como auxílio-alimentação. A ideia seria um valor de R$ 400 a todos, que seria mais sentido por aqueles que recebem menos — mais de 60% dos servidores recebem até R$ 4 mil.
Estima-se que o aumento linear de 5% para todo funcionalismo custaria entre R$ 5 e R$ 8 bilhões, dependendo de quando passaria a valer.
Segundo fontes da área econômica ouvidas pelo blog, não há recursos para a nova investida de parte do governo. Uma fonte disse que já foi necessário fazer um bloqueio de R$ 2 bilhões no orçamento por conta do estouro do teto de gastos.
“O que há disponível é R$ 1,7 bilhão. Mais do que isso, seria quebrar mais regras fiscais”, disse.
A nova investida ocorre no momento em que o ministro da Economia, Paulo Guedes, está fora do Brasil, cumprindo agendas na Europa.
O governo deve tomar a decisão até o fim desta semana, pois a legislação eleitoral determina que reajustes e aumentos para servidores só podem ser dados até seis meses antes das eleições. Bolsonaro, que é candidato à reeleição, tenta ainda dar um agrado aos servidores, que não tiveram reajuste neste mandato.
A pressão também aumentou porque o Congresso reavivou um projeto que devolve a juízes e procuradores um adicional salarial a cada cinco anos, os chamados quinquênios. Mesmo sem prazo para votação, a medida traria ainda mais pressão de categorias que estão sem reajuste.
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