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Ações impedem comercialização de 750 toneladas de sementes ‘piratas’ no RS

Secretaria de Agricultura explica que venda de sementes só pode ocorrer a partir de material produzido especificamente para este fim. Fiscalização impediu comercialização de mais de 750 toneladas de grãos
Divulgação / Seapdr
Uma série de ações realizadas pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), na última semana, impediu a comercialização de sementes “piratas” em Pejuçara e Augusto Pestana, no Norte e no Noroeste do Rio Grande do Sul.
De acordo com a Seapdr, mais de 750 toneladas de grãos foram retiradas do mercado. Elas seriam vendidas como sementes, mas sem origem e em desconformidade com a legislação. As ações foram realizadas entre a quinta-feira passada (31) e esta terça (5).
Entre o material encontrado, foram descobertos 339,2 toneladas de grãos de trigo oferecidas no mercado como sementes. Além disso, 339 toneladas de aveia branca, que tem duplo propósito, ficaram condicionadas apenas ao uso como alimentação animal.
Outras 17,5 toneladas de azevém e 64 toneladas de soja tiveram a comercialização suspensa até que se comprove a origem. A secretaria explica que a venda de sementes só pode ocorrer a partir de material produzido especificamente para este fim.
“Neste caso, o que se verificou, inicialmente, é que os produtores não apresentaram a origem da produção daquelas sementes, alegando ser para trato animal ou ração. Entretanto, muitos materiais estavam classificados, ou seja, haviam sofrido processos de beneficiamento, como pré-limpeza, limpeza e mesa densimétrica, dentre outros, que são etapas utilizadas para produção de sementes”, explica o chefe da Divisão de Insumos e Serviços Agropecuários da Seapdr, Rafael Lima.
Lima também alerta que o produtor rural que comprar este tipo de material estará limitando o potencial produtivo da lavoura, já que, mesmo que os vendedores “piratas” apresentem laudo de germinação e vigor, não há garantia de qualidade.
“Isso porque há fraude e falsificação destes documentos na grande maioria das vezes. Quando o ‘pirata’ oferta uma semente com material genético protegido, ele na verdade está enganando o comprador, porque aquele material não foi produzido dentro de campos de sementes registrados, com todo o acompanhamento e dentro da legislação. Ou seja, o produtor estará comprando gato por lebre”, destaca.
Também é importante ficar alerta, segundo a Seapdr, à origem das sementes, que podem fazer com que o produtor leve espécies de plantas daninhas nocivas entre outras doenças para a propriedade.
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