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Macron e Le Pen votam no segundo turno das eleições presidenciais da França

Pesquisas indicam que o atual presidente deve ser reeleito com cerca de 55% dos votos, mas oponente de extrema direita vem melhor na campanha que na eleição anterior. Eleições na França: começa a votação para novo presidente neste domingo
Os franceses estão indo às urnas neste domingo (24) para o segundo turno das eleições presidenciais. O pleito é uma reedição do segundo turno de 2017: o centrista Emmanuel Macron é favorito e, segundo as pesquisas, deve assegurar um segundo mandato frente à representante da extrema direita Marine Le Pen.
Macron votou na cidade de Le Touquet, onde cumprimentou apoiadores e posou para fotos antes de depositar seu voto. Mais cedo, Marine Le Pen já havia votado na cidade de Hénin-Beaumont, onde também recebeu apoio de seus eleitores.
A contagem dos votos começa por volta de meio-dia, no horário de Brasília, e os primeiros resultados devem ser divulgados às 15h (20h na França), horário em que fecham os últimos postos de votação.

Macron e Le Pen 5 anos depois
Cinco anos depois da primeira disputa presidencial entre Macron e Le Pen, a França não é o mesmo país.
Protestos sociais marcaram a primeira metade do governo Macron, uma pandemia confinou milhões de pessoas em suas casas, e a ofensiva russa na Ucrânia abalou fortemente o continente europeu.
A guerra em curso na Europa Oriental permeou a campanha, embora “o poder de compra tenha sido a preocupação número um”, disse Mathieu Gallard, do Ipsos France, à rádio France Bleu, para quem há “uma forte desilusão” da população, o que se reflete na corrida eleitoral.
Em 2017, Emmanuel Macron venceu o segundo turno das eleições na França com 66% dos votos. Naquele ano, Marine Le Pen, reconheceu a derrota pouco depois da divulgação das pesquisas de boca de urna.
Cartazes oficiais da campanha dos candidatos às eleições presidenciais francesas de 2022, o presidente francês Emmanuel Macron, candidato à sua reeleição, e Marine Le Pen, candidata do partido de extrema-direita francesa Rally Nacional (Rassemblement National), são exibidos em um outdoor oficial em Henin-Beaumont, na França
Reuters/Yves Herman
As pesquisas desta sexta-feira (22), último dia que a lei permite divulgação, apontavam que Macron deve ser novamente vitorioso, mas por uma margem menor. Veja abaixo algumas projeções:
Instituto Elabe:
Emmanuel Macron (Em Marcha): 55,5%
Marine Le Pen (Reunião Nacional): 44,5%
Ifop-Fiducial:
Emmanuel Macron (Em Marcha): 55%
Marine Le Pen (Reunião Nacional): 45%
Ipsos:
Emmanuel Macron (Em Marcha): 57%
Marine Le Pen (Reunião Nacional): 43%
A vitória de Macron, porém, não deve ser tratada como uma certeza: nas últimas eleições, em 2017, as pesquisas erraram os resultados em nove pontos percentuais.
Marine Le Pen em campanha, em 22 de abril de 2022
Denis Charlet / AFP
Emmanuel Macron em seu último dia de campanha, em 22 de abril de 2022
Lionel Bonaventure / AFP
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Se for vitorioso novamente, Macron vai governar um país dividido, pois uma parte significativa de seus eleitores só votam nele por falta de opção, de acordo uma pesquisa do BVA, ressaltando que 66% querem que ele perca a maioria parlamentar nas eleições legislativas de junho.
Macron usou o argumento de ter sido um presidente estável em tempos de crise e reformista. Le Pen optou por se apresentar como defensora do poder aquisitivo dos franceses, em um contexto de preocupação com a disparada dos preços da energia e dos alimentos.
Quase 49 milhões de franceses têm nas mãos a escolha de qual França querem até 2027, uma decisão que pode implicar uma mudança nas alianças internacionais desta potência nuclear e econômica, caso a herdeira da Frente Nacional seja eleita.
Le Pen propõe inscrever na Constituição a “prioridade nacional” para excluir os estrangeiros dos benefícios sociais concedidos pelo governo e defende abandonar o comando integrado da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e reduzir as competências da União Europeia (UE).
Já o presidente em final de mandato é a favor de “mais Europa”, tanto em matéria econômica e social, quanto de defesa, e pretende recuperar seu impulso reformista e liberal, com sua proposta de adiar a idade de aposentadoria de 62 para 65 anos.g1 > MundoRead More

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