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ONU destaca importância de justiça e reparação para vítimas, 30 anos após o cerco de Sarajevo

Trinta anos após o cerco de Sarajevo, a equipe da ONU na Bósnia e Herzegovina reiterou na quarta-feira (6) a importância de buscar justiça e reparação para vítimas, sobreviventes e seus familiares.

O cerco começou depois que a Bósnia e Herzegovina declarou a independência após a dissolução da ex-Iugoslávia. Os sérvios-bósnios se opuseram em grande parte à independência, enquanto os outros dois grandes grupos étnicos, de bósnios muçulmanos e croatas, favoreceram a separação de Belgrado.

As tropas sérvias-bósnias começaram a bombardear a capital em abril de 1992, um ataque contínuo que durou quase quatro anos. Este foi o cerco mais longo desde a Segunda Guerra Mundial, com mais de 12 mil pessoas mortas, e marcou um momento chave na Guerra da Bósnia.

Pedestres andam em rua devastada pela guerra em Grbavica, Sarajevo, Bósnia (Foto: picryl.com)

A Coordenadora Residente da ONU para a Bósnia e Herzegovina, Ingrid Macdonald, reuniu-se com associações de sobreviventes em todo o país. No encontro, ela destacou a importância de combater a negação de crimes de atrocidade e glorificação de criminosos de guerra, disse o porta-voz da ONU Stéphane Dujarric, falando durante seu briefing diário de Nova York.

“Ela disse que tal retórica perpetua o sofrimento dos sobreviventes e das famílias das vítimas e não tem lugar em uma sociedade democrática”, disse Dujarric a jornalistas.

Macdonald também apelou aos líderes políticos para que tomem medidas para prevenir e agir em relação a todas as manifestações de ódio e discriminação. Eles também são instados a garantir que todas as pessoas vivam em um ambiente de compreensão mútua, respeito e dignidade.

A ONU se manifestou repetidamente contra o crescente discurso de ódio no país e na vizinha Sérvia, décadas após a Guerra da Bósnia. O conflito terminou em dezembro de 1995 e foi um dos combates mais sangrentos ocorridos na Europa durante o século passado.

Crimes horríveis foram cometidos, incluindo campanhas de limpeza étnica, como o massacre de julho de 1995 de milhares de homens e meninos muçulmanos em Srebrnica.

Em junho passado, um tribunal da ONU confirmou a sentença de prisão perpétua de 2017 imposta ao chefe militar sérvio da Bósnia Ratko Mladić, que comandou os assassinatos.

Conteúdo adaptado do material publicado originalmente em inglês pela ONU News

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