Retrospectiva: Atlético-MG vai do hexa a decepção em ano de “filme repetido” e sufoco financeiro
Reforço do Atlético-MG, Renan Lodi: “Ansioso para dar o melhor”
A temporada de 2026 deixou uma sensação de “filme repetido” no Atlético-MG. Confirmação da hegemonia estadual, troca de treinador (um argentino na vaga de um brasileiro) e um fim de ano melancólico. Fora de campo, a dificuldade financeira aumentou, com cobranças de clubes e até mesmo de um jogador com contrato vigente, que depois se arrependeu de acionar a Justiça.
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Reforços
Após vender Paulinho ao Palmeiras na virada de ano por cerca de R$ 100 milhões, o Galo iniciou a temporada com a volta de Cuca no comando do time. Trouxe Paulo Bracks (após a contratação de alguns reforços) para ser o executivo do futebol, seguindo com Victor Bagy como diretor. A SAF contratou nomes como Júnior Santos, Rony e Cuello para o ataque, desembolsando mais de R$ 100 milhões somente no trio. Outros investimentos foram feitos. Relembre:
Júnior Santos: R$ 48 milhões.
Rony: R$ 38 milhões.
Cuello: R$ 36 milhões.
Alexsander: R$ 35,2 milhões.
Ivan Román: R$ 11,4 milhões.
Natanael: R$ 7 milhões.
João Marcelo: R$ 2,7 milhões.
Robert: R$ 3 milhões.
Caio Paulista: empréstimo.
Patrick: chegou envolvido na venda de Paulinho.
Gabriel Menino: chegou envolvido na venda de Paulinho.
Vitor Hugo: empréstimo.
Ruan Tressoldi: empréstimo.
Biel: empréstimo.
Dudu: sem custo.
Reinier: sem custo.
O hexa
Na primeira parte do ano, o Galo cumpriu o objetivo. Ratificou a hegemonia estadual, com a conquista do hexacampeonato mineiro, batendo o América-MG na decisão. Em fevereiro, Rubens Menin, acionista majoritário da SAF, chegou a definir o elenco montado como “um dos mais fortes que tivemos na história.”
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Altos e baixos (e troca de técnico)
A instabilidade marcou o time com o começo do Campeonato Brasileiro e da Sul-Americana. Não engrenou, mas foi avançando nos mata-matas. Uma classificação em cima do Flamengo, na Copa do Brasil, trouxe esperança de dias mais tranquilos. Não se confirmou. O Atlético acabou eliminado nas quartas de final para o Cruzeiro. Entre os duelos contra o arquirrival, o clube demitiu Cuca e foi ao mercado para trazer o argentino Jorge Sampaoli (após pressão da torcida) para comandar a equipe.
Fim melancólico
No Brasileirão, o Galo fez, mais uma vez, campanha melancólica, assim como em 2024. Não figurou na parte mais nobre da tabela. Correu riscos de rebaixamento nas rodadas finais. E ficou, pelo segundo ano seguido, sem vaga na Libertadores. Terminou em 12º lugar, com classificação à Sul-Americana de 2026.
Retrospectiva Atlético-MG 2025
Infoesporte
Nova decepção
O sonho de ir à Libertadores ganhou outra chance via Copa Sul-Americana, mas virou pesadelo. O time superou dificuldades e chegou à decisão do torneio. Assim como em 2024, ganhou a oportunidade de fechar o ano com título internacional. Perdeu. Foi superado, desta vez nos pênaltis, pelo Lanús, da Argentina, em Assunção.
Jogadores e comissão do Atlético-MG conversam depois do jogo contra o Lanús
JUAN MABROMATA / AFP
Devo, não nego. Pago…
Problemas financeiros não são novidade no clube, mas em 2025 eles voltaram a ganhar manchete, com cobranças públicas de clubes e até mesmo de jogadores.
Durante toda a temporada, o Atlético, cuja dívida está em aproximadamente R$ 2 bilhões, conviveu com aperto nas contas. A SAF não recebeu os aportes desejados. Um dos sócios, Rafael Menin, chegou a dar longa coletiva para tentar esclarecer o cenário.
Rafael Menin fala sobre a situação financeira do clube
O Galo enfrentou uma situação conturbada fora de campo com atraso nos pagamentos a fornecedores, comissões a agentes, direito de imagens e luvas a jogadores, além de dívida com outras equipes na contratação de reforços.
O momento mais tenso foi em julho. O atacante Rony foi à Justiça psolicitara rescisão contratual por débitos do Atlético. Exposta, a diretoria da SAF agiu nos bastidores e fez um acordo com o atleta, que retirou a ação. Outros jogadores notificaram extrajudicialmente o clube por atrasos.
Reformulação
O fim de ano teve protestos de torcedores. Após a penúltima rodada do Brasileiro, Rafael Menin reconheceu o fracasso e definiu a temporada: “Vexame completo! Deu tudo errado neste ano, a Massa merece muito mais.”
Uma reformulação foi iniciada. Um novo CEO para a SAF foi contratado: Pedro Daniel, na vaga de Bruno Muzzi, que optou por deixar a equipe. O executivo vai liderar em um momento financeiro delicado e à espera de um novo aporte. Descartou contratações fora da realidade do clube.
Novo CEO do Atlético-MG fala sobre planejamento financeiro para 2026
O departamento de futebol dispensou alguns nomes. O diretor de futebol Victor Bagy, ex-goleiro e ídolo da torcida, não teve o contrato renovado. A expectativa é por mudanças no elenco para 2026.
Em alguns momentos do ano, foi levedada incerteza sobre a permanência do ídolo Hulk. O atacante, assim como todo time, teve altos e baixos. Ainda assim, Hulk liderou participações em gols do Galo na temporada. O camisa 7 garantiu que deseja ficar. A diretoria também fala em cumprir o contrato até o fim de 2026.
Renan Lodi foi o primeiro reforço anunciado para 2026. Já Guilherme Arana, jogador mais antigo do elenco e um dos mais vitoriosos, avançou em negociações para encerar o ciclo no Galo.
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